Líder xiita influente rejeita violência para impor véu no Irã
Um dos principais líderes xiitas no Irã disse não considerar "eficaz" o uso da violência para impor o véu às mulheres no país, abalado por uma onda de protestos, segundo a mídia oficial.
O aiatolá Nasser Makarem Chirazi disse que "não considera a violência e a pressão eficazes na questão do hijab", informou a agência de notícias Irna na noite de quinta-feira.
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Chirazi, conhecido por suas posições conservadoras, fez essas declarações durante um encontro com o ministro da Cultura, Mohammad-Mehdi Esmaili, na cidade sagrada de Qom (centro).
"O presidente e os ministros devem saber que estão em uma situação difícil. O inimigo está muito ativo, mas não estamos em um impasse", disse.
O ministro do Turismo, Ezzatollah Zarghami, apelou na quarta-feira por mais tolerância quanto ao uso do véu em espaços públicos.
Em 10 de janeiro, porém, a Autoridade Judicial indicou que deseja reaplicar uma lei que prevê sanções severas - como o exílio - para as mulheres que desrespeitarem a obrigatoriedade do uso do véu.
O Irã vive um grande movimento de protesto desde a morte, em setembro, de Mahsa Amini, uma jovem curda de 22 anos que morreu após ser presa por supostamente violar o código de vestimenta vigente na República Islâmica.
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