EUA sanciona empresa chinesa por ajudar Grupo Wagner na Ucrânia
Os Estados Unidos impuseram, nesta quinta-feira (26), sanções contra uma empresa chinesa por supostamente proporcionar imagens de satélite da Ucrânia para ajudar o grupo paramilitar russo Wagner.
Os departamentos do Tesouro e de Estado anunciaram uma série de ações que vêm na esteira da medida adotada pela Casa Branca na semana passada, quando designou formalmente o Grupo Wagner como uma "organização criminosa transnacional".
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As novas sanções "vão obstaculizar ainda mais a capacidade do Kremlin para armar sua máquina de guerra que está envolvida em uma guerra de agressão contra a Ucrânia e que causou mortes e destruição excessivas", disse o secretário de Estado, Antony Blinken, em comunicado.
Entre os sancionados está a Changsha Tianyi Space Science and Technology Research Institute Co., uma empresa chinesa que, segundo o Departamento do Tesouro, forneceu imagens de satélite da Ucrânia para o Grupo Wagner.
"Estas imagens foram compiladas para permitir as operações de combate do Grupo Wagner na Ucrânia", disse o Departamento do Tesouro em comunicado, no qual também anunciou sanções contra uma subsidiaria da companhia chinesa registrada em Luxemburgo.
A China é oficialmente um aliado da Rússia, mas os Estados Unidos consideram que o apoio de Pequim à guerra na Ucrânia é bastante tímido, que se reflete na recusa em fornecer armas a Moscou.
O Departamento do Tesouro também impôs sanções a uma empresa de aviação com sede nos Emirados Árabes Unidos, Kratol, que, segundo Washington, teria fornecido aviões para que o Grupo Wagner transportasse pessoal e equipamentos entre República Centro-Africana, Líbia e Mali.
Liderado por Yevgeny Prigozhin, um empresário próximo do presidente da Rússia, Vladimir Putin, esta organização paramilitar vem assumindo um papel de destaque cada vez maior na Ucrânia, enviando ao campo de batalha combatentes recrutados no sistema penitenciário russo, a quem promete o perdão de suas penas.
Na última sexta-feira, a Casa Branca disse que o Grupo Wagner tem cerca de 50.000 efetivos na Ucrânia, 80% deles provenientes do sistema penitenciário russo.
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