Oposição argentina rechaça possível visita de Maduro e Díaz-Canel para Celac

Representantes da oposição de direita da Argentina rechaçaram a possível visita ao país dos presidentes de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e Venezuela, Nicolás Maduro, e pediram a detenção dos mesmos caso aterrissem em Buenos Aires para a cúpula da Celac.

"Se Nicolás Maduro vier à Argentina, deve ser detido de forma imediata por ter cometido crimes de lesa humanidade. Tal como ocorreu com [o ex-ditador chileno Augusto] Pinochet em Londres, em 1998", sugeriu, nesta quinta-feira (19), no Twitter, Patricia Bullrich, uma das presidenciáveis pela coalizão Juntos por el Cambio (Juntos pela Mudança), de direita, para as eleições de outubro.

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A cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) ocorrerá na próxima terça-feira, sob a presidência temporária da Argentina. Buenos Aires reivindica esta organização como "um mecanismo de diálogo sem condições" no âmbito da diplomacia internacional, em que é regra receber chefes de Estados de distintas tendências, disse à AFP uma fonte oficial que pediu anonimato.

Os opositores "fazem política interna atacando políticos com os quais estão em desacordo. É de baixo nível", afirmou à rádio Nacional o ministro da Defesa da Argentina, Jorge Taina, que também foi titular da pasta de Relações Exteriores entre 2005 e 2010.

Ao rechaço de Bullrich somaram-se as vozes de outros integrantes da coalizão de direita, cuja bancada de deputados apresentou um projeto para declarar o mandatário venezuelano "persona non grata".

"Repudiamos a presença de Maduro, Díaz-Canel e Daniel Ortega (Nicarágua) e/ou representantes desses regimes ditatoriais", assinalou a Coalizão Cívica em comunicado.

O chamado Fórum Argentino pela Democracia na Região (Fader), fundado em 2020 e que reúne figuras e legisladores de direita, apresentou uma denúncia criminal contra os três presidentes latino-americanos na Justiça federal.

Diante das críticas, o embaixador argentino na Organização dos Estados Americanos (OEA), Carlos Raimundi, considerou que "é muito importante ter um espaço de diálogo, de ponte" como a Celac e pediu que deixassem "que cada povo construa à sua maneira".

Sem confirmação oficial sobre a vinda de Maduro e Díaz-Canel, a Celac contará com a presença de presidentes como Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Luis Arce (Bolívia), Gabriel Boric (Chile), Xiomara Castro (Honduras), Mario Abdo Benítez (Paraguai) e Gustavo Petro (Colômbia).

ls/dga/rpr/ic

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