Dos 7.000 detentos que Junta de Mianmar promete soltar, 300 são presos políticos

Dos 7.000 detentos que a junta militar birmanesa anunciou esta semana que planeja libertar, cerca de 300 estão presos por motivos políticos, disse a ONU nesta sexta-feira (6).

O porta-voz do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), Jeremy Laurence, manifestou sua satisfação com a libertação dos presos políticos, mas lamentou que, no mesmo dia, tenha-se anunciado que "mais 22 foram detidos".

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Por ocasião das celebrações pelo 75º aniversário da independência do país, na quarta-feira, a Junta, que regularmente anistia presos nas datas festivas, anunciou que vai libertar 7.012 pessoas. Não foi especificado se inclui pessoas detidas no âmbito da repressão contra dissidência.

"Desses, cerca de 300 são presos políticos", afirmou Laurence, porta-voz do ACNUDH, em uma conferência regular em Genebra, citando fontes ditas "confiáveis" e observando que 195 casos foram verificados.

A Associação de Ajuda aos Presos Políticos (AAPP), uma organização local, divulgou nesta sexta-feira a mesma estimativa de 300 presos políticos e disse ter conseguido confirmar, até agora, "a libertação de 223 presos políticos identificados".

O golpe militar de 1º de fevereiro de 2021, que derrubou o governo da líder civil Aung San Suu Kiy e provocou grandes manifestações e uma repressão sangrenta, pôs fim a um breve período de liberdades neste país do Sudeste Asiático.

Das cerca de 17.000 pessoas detidas desde o golpe, mais de 13.000 continuam detidas, acrescentou Laurence.

Segundo ele, o Alto Comissariado pretende publicar um relatório sobre a situação no país.

A libertação de prisioneiros políticos em Mianmar esta semana é "um alívio para as pessoas injustamente detidas, mas também para suas famílias", completou.

"Aproveitamos a oportunidade para solicitar a libertação de milhares de outras pessoas que ainda estão detidas por se oporem ao regime militar", reforçou.

apo-bur/nl/thm/mab/eg/tt

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prisioneiros Mianmar ONU política direitos

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