Chefe da CIA adverte homólogo russo sobre consequências do uso de armas nucleares
O diretor da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, William Burns, se reúne nesta segunda-feira (14) com seu homólogo russo para advertir que o uso de armas nucleares, que Moscou ameaça fazer na guerra na Ucrânia, tem consequências, informou a Casa Branca.
Burns deve alertar o russo Sergei Naryshkin, chefe do SVR, serviço de inteligência externa russo, sobre "as consequências do uso de armas nucleares por parte da Rússia e os riscos de uma escalada para a estabilidade estratégica", afirmou um porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca.
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Não foi possível confirmar se a reunião já foi celebrada.
Burns "não está fazendo negociações de nenhum tipo" e "não discute um acordo sobre a guerra na Ucrânia", insistiu a mesma fonte, que acrescentou que os ucranianos foram informados previamente da reunião.
O funcionário americano tratará com seu homólogo o caso dos americanos detidos "injustamente" na Rússia: a jogadora de basquete Brittney Griner, condenada a nove anos de prisão por "tráfico de drogas", e o ex-militar Paul Whelan.
O presidente Joe Biden disse que espera que seu homólogo russo, Vladimir Putin, esteja mais disposto a falar sobre uma troca de prisioneiros com os Estados Unidos.
A reunião entre Burns e Naryshkin é uma das poucas de alto nível desde o começo da ofensiva russa na Ucrânia em 24 de fevereiro.
Estados Unidos e Rússia sempre mantiveram "canais de comunicação", em especial através da embaixada americana em Moscou, para tratar de temas bilaterais ou enviar mensagens sobre a Ucrânia.
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