OMS manifesta preocupação com epidemia de cólera no Líbano
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta segunda-feira (31) para uma epidemia mortal de cólera que está se espalhando rapidamente no Líbano, assim como na vizinha Síria.
"A OMS alerta para um surto mortal de cólera no Líbano, onde os casos estão aumentando", afirmou a organização em um comunicado.
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Desde 5 de outubro, mais de 1.400 casos suspeitos foram relatados no país, incluindo 381 casos confirmados e 17 mortes, indicou a OMS.
A maioria dos casos de cólera está entre refugiados sírios, segundo as autoridade libanesas. Cerca de dois milhões de sírios se refugiaram no Líbano e muitos vivem em condições precárias.
"A situação no Líbano é delicada, porque o país já enfrenta outras crises, agravadas pela prolongada deterioração política e econômica", declarou Abdinasir Abubakar, representante local da OMS.
O país, que há três anos sofre com um crise econômica sem precedentes, viu suas infraestruturas e rede de saneamento desmoronarem.
O surto de cólera, o primeiro em décadas, começou no início deste mês no norte do país e se "espalhou rapidamente" por todo o território.
Para conter a situação, a OMS ajudou o Líbano a obter 600.000 doses de vacina contra o cólera. Esforços para obter mais doses estão "em andamento, tendo em vista a rápida disseminação da epidemia", disse a agência das Nações Unidas.
A Síria, por sua parte, enfrenta uma epidemia de cólera desde setembro, após mais de uma década de guerra que danificou quase dois terços de suas estações de tratamento de água, metade de suas estações de bombeamento e um terço de suas torres de água, segundo a ONU.
A cepa do cólera identificada no Líbano é "semelhante à que circula na Síria", disse a OMS.
O cólera geralmente é contraído por alimentos ou água contaminados e causa diarreia e vômito. O tratamento é simples mas, se não for realizado, a doença pode matar em poucas horas.