Ex-vereador do PT é morto em São Paulo às vésperas do segundo turno
Um ex-vereador do Partido dos Trabalhadores (PT) foi morto a tiros em São Paulo nesta sexta-feira, a dois dias do segundo turno das eleições presidenciais, por motivos que estão sendo investigados, informaram membos do partido.
"Recebo com muita tristeza e preocupação a notícia do assassinato do companheiro Zezinho", tuitou Jilmar Tatto, deputado eleito pelo PT em São Paulo, segundo quem o partido de Luiz Inácio Lula da Silva irá "acompanhar o desenrolar desse crime e suas motivações".
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O assassinato ocorreu em Jandira, município da região metropolitana de São Paulo. Segundo a imprensa, Zezinho, 51, foi candidato a deputado federal nas eleições de 2 de outubro. Ele trabalhava na campanha de Fernando Haddad, que disputa o governo de São Paulo.
Segundo o portal de notícias G1, a "suspeita inicial" da polícia é de que o crime tenha sido motivado por "vingança política", após denúncias que Zezinho teria feito sobre um suposto esquema de corrupção na prefeitura de Jandira.
A Secretaria de Segurança de São Paulo confirmou à AFP que "um homem foi morto por disparos de arma de fogo na tarde desta sexta-feira", e que o incidente está sendo investigado, sem dar detalhes.
Jilmar Tatto disse ao jornal "O Globo" que "tudo indica que foi a ação de um bolsonarista dentro desse clima de intolerância que está ocorrendo no país".
O Brasil registrou ao longo da campanha eleitoral quase dois episódios de violência política por dia nos dois meses anteriores ao primeiro turno, segundo um relatório das ONGs Justiça Global e Terra de Direitos. De 1º de agosto a 2 de outubro, foram registrados 121 casos, entre assassinatos, ataques, ameaças e agressões (físicas ou verbais).
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