Britânicos choram por Elizabeth II: 'Sempre será minha rainha'

Nos arredores da residência real escocesa de Balmoral, súditos e turistas se misturavam entre dezenas de jornalistas

Com flores, mensagens, desenhos... britânicos lotaram nesta sexta-feira os arredores das residências habitadas por sete décadas por Elizabeth II, enquanto turistas de todo o mundo testemunhavam um momento histórico.

"É muito complicado dizer com palavras... Ela sempre será minha rainha e penso que é muito bonito ver como toda esta gente mostra seu amor e respeito", afirmou à AFP com lágrimas nos olhos Harry Sims, de Reading, ao leste de Londres.

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Ela ficou mais de uma hora na fila para deixar flores em frente ao Palácio de Buckingham, em uma das várias homenagens em todo o país.

"Obrigada, bela rainha", dizia uma das faixas colocadas em frente ao Palácio. "Serviu ao país até o final", dizia outro. "Você foi uma luz que nos guiou nos momentos mais sombrios, a base de nossa nação, nossa força. Descanse em paz", afirmava um terceiro.

Nos arredores da residência real escocesa de Balmoral, súditos e turistas se misturavam entre dezenas de jornalistas.

Silvina Meriggi, uma argentina que vive em Madri, tirou fotos ao lado de dois amigos em frente ao Buckingham "para imortalizar o momento que parou o mundo".

"Minhas memórias não são muito positivas porque sou argentina e lembro da guerra das Malvinas", afirmou em referência ao conflito que opôs seu país e o Reino Unido por 74 dias em 1982. Ainda assim, reconhece o papel histórico de Elizabeth II.

Montserrat Castro, uma chilena de 30 anos que estuda no Reino Unido, está certa: "Do Chile, do outro lado do mundo, eu via a rainha como símbolo de poder e principalmente por ser mulher", afirmou. Sua amiga Begoña Uribe enfrenta a chuva e não desanima. "É um momento histórico mundial. Se estou em Londres, como não vir?".

A multidão acompanha os preparativos para os 10 dias de cerimônias. Um cortejo da King's Troop Royal Horse Artillery percorreu a Constitution Mill antes de disparar 96 tiros de canhões, um para cada ano de vida de Elizabeth II.

 

Em Edimburgo, onde o caixão da rainha deve chegar nos próximos dias de Balmoral, a tristeza e uma espécie de frenesi tomam a capital. O muro de Holyroodhouse, a residência oficial dos monarcas na Escócia, acumula cada vez mais flores.

Gary Millar, de 45 anos, deposita um ramo e se recolhe em silêncio para expressar seu "respeito" à rainha. "Ela nos honrou durante todo seu reino cumprindo com seu dever", se emociona. "Ela esteve ali toda minha vida", acrescentou.

Emma Bennet, uma médica de 47 anos, lê o anúncio oficial da morte, que "torna tudo mais real". Uma de suas primeiras lembranças da soberana é de quando viu seu navio passar pela Irlanda do Norte, em 1977, no Jubileu de Prata.

"A rainha era como uma mãe para todo o país", garante Orla Bell, uma irlandesa de 48 anos. "Até mesmo para quem não é britânico ou admirador da família real, ela é importante para todo o mundo".

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