Oito corpos são retirados de mausoléu que desabou no Iraque
As equipes de resgate encontraram na noite desta segunda-feira (22) o corpo da oitava vítima do desabamento de um santuário xiita no centro do Iraque e deram por terminada a operação de resgate, anunciaram os serviços de emergência.
À noite, a Defesa Civil do Iraque informou ter retirado o corpo de uma mulher dos escombros do Qattarat do imã Ali, um santuário vizinho à cidade santa de Kerbala, cujo teto desabou parcialmente após um deslizamento de terra no sábado.
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No total, os serviços de resgate recuperaram os restos de "oito pessoas, entre eles cinco mulheres, dois homens e uma criança" após "sessenta horas de trabalho contínuo".
As operações de resgate "agora estão terminadas" e o mausoléu fechado ao público, acrescentaram.
"Duas crianças e um adolescente puderam ser resgatados nas primeiras horas" posteriores ao ocorrido, disse a Defesa Civil.
Pela manhã, o diretor deste órgão tinha anunciado a descoberta de dois novos corpos, o de um homem e o de uma mulher, sob os escombros do santuário xiita.
O deslizamento de terra ocorreu na tarde de sábado, quando parte da parede rochosa que cerca o mausoléu se desprendeu e afundou parte do teto.
Segundo a Defesa Civil o desprendimento foi causado pela "alta umidade" que separou parte da rocha do restante da parede.
A tragédia provocou uma onda de comoção no Iraque, cuja população é majoritariamente muçulmana xiita.
E com o tempo, aumenta também a discussão sobre a responsabilidade do acidente. "Queremos saber o que tem acontecido, porque isto aconteceu", disse à AFP Bassem Khazali, tio de uma das vítimas.
O líder xiita Moqtada Sadr, crítico habitual do governo iraquiano, atacou na noite deste domingo os "corruptos" e a "corrupção que mais uma vez causou vítimas civis".
O mausoléu atrai milhares de peregrinos anualmente e está dedicado ao imã Ali, genro do profeta Maomé e personalidade fundadora do islã xiita.
O Waqf xiita, instituição religiosa que administra os bens da comunidade xiita do Iraque, assegurou que "não administra" o santuário. E o governo de Kerbala disse que o mausoléu pertence "a particulares que foram convocados", mas sem dar mais detalhes.
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