Opas: dívida impede Venezuela de fazer novos pedidos de compra de vacinas
A Venezuela tem uma dívida que a impede de comprar vacinas por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a agência da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas, afirmou um funcionário do órgão nesta quarta-feira (29).
"A dívida da Venezuela com o fundo rotativo de vacinas ainda está de pé. Não houve pagamento (...), portanto não foi possível fazer com que o país realize novas ordens de compra", afirmou em coletiva de imprensa virtual Ciro Ugarte, diretor de Emergências em Saúde da Opas.
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Ugarte afirmou que isso se refere ao programa regular de imunização da Venezuela, mas não respondeu à pergunta de quanto é a dívida.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) também não respondeu até o momento a uma pergunta da AFP sobre o valor devido pela Venezuela.
Ugarte ressaltou a importância de ter doses suficientes para o programa regular de vacinação da Venezuela e disse que essa foi uma prioridade destacada nas negociações.
"Esperamos que nas próximas semanas ou meses tenhamos um bom resultado dessas negociações e diálogo", afirmou.
"Espero também que (...) a Venezuela possa pagar esta dívida para aumentar os níveis de vacinação, porque a cobertura de muitas dessas vacinas infelizmente é baixa", acrescentou.
Estabelecido em 1979, o Fundo Rotatório da Opas permite que países da região consigam vacinas de qualidade e seguras a um preço acessível.
Segundo Ugarte, "é um dos melhores mecanismos do mundo para fornecer vacinas seguras e eficazes aos países".