Desemprego cai no Brasil a 9,8% entre março e maio, o menor nível desde 2016
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 9,8% entre março e maio em relação ao trimestre anterior, ficando abaixo de dois dígitos pela primeira vez desde 2016, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quinta-feira (30).
O indicador oficial perdeu 1,4 ponto percentual em relação à marca registrada entre dezembro de 2021 e fevereiro deste ano, quando ficou em 11,2%.
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Assim, o desemprego foi o menor desde 2015 (8,3%) para um trimestre encerrado em maio, indicou o instituto em nota. Também foi a menor taxa trimestral desde o período de novembro a janeiro de 2016 (9,6%), a última vez que foi registrado um valor abaixo de dois dígitos.
O resultado superou as expectativas de 30 consultoras e instituições financeiras entrevistadas pelo jornal Valor, que esperavam uma taxa de desemprego de 10,2%.
Por outro lado, a taxa março-maio apresentou queda de 4,9 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2021, quando o desemprego ficou em 14,7% em decorrência do impacto da pandemia no país, um dos mais afetados no mundo.
Apesar da melhora, o resultado registrou 10,6 milhões de desempregados na principal economia latino-americana, 1,4 milhão a menos que no trimestre móvel anterior.
Os números oficiais evidenciaram mais uma vez um desafio à recuperação: a informalidade atingiu 40,1% dos ocupados entre março e maio, totalizando 39,1 milhões de trabalhadores.
Essa taxa foi de 39,5% no mesmo trimestre de 2021 e de 40,2% entre dezembro e fevereiro passado, segundo dados do IBGE.
Em um contexto inflacionário, com 11,73% acumulado em 12 meses até maio, as remunerações permaneceram estáveis no período em relação ao trimestre anterior e caíram 7,2% em um ano.
Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro, que buscará a reeleição em outubro, destacou a criação de "277 mil novos empregos em maio" nas redes sociais, comemorando a taxa de emprego abaixo de dois dígitos.