Coordenador diz que oposição não foi convocada por delegação dos EUA que viajou à Venezuela
A principal aliança de partidos políticos de oposição da Venezuela não foi convocada pela delegação dos Estados Unidos que viajou ao país para continuar as negociações com o governo do presidente Nicolás Maduro, informou um porta-voz nesta terça-feira.
"Somos um corpo político, e não institucional. Se alguém nos convida para conversar, assim fazemos, mas não fomos convocados, não conhecemos a agenda", disse Omar Barboza, coordenador do bloco de oposição.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Sobre a visita de representantes de Washington, que coincide com problemas de abastecimento e o aumento dos preços dos combustíveis após a guerra na Ucrânia, Barboza insistiu em que a "plataforma unitária" não tem informações.
"Eles têm uma agenda própria, que desconhecemos", respondeu o coordenador em entrevista coletiva, durante a qual reiterou o plano de convocar eleições primárias para definir um candidato que enfrente o chavismo nas eleições presidenciais de 2024.
O líder opositor Juan Guaidó não descarta ser um dos candidatos nas primárias, segundo fontes, embora Barboza tenha manifestado hoje que a plataforma unitária não tem como clara a decisão de Guaidó: "Ele não anunciou isso, isso tem que ser decidido por ele, se irá participar", disse à AFP.
A delegação do governo dos Estados Unidos chegou ontem para dar prosseguimento às conversas iniciadas em março, anunciou Maduro, sem dar detalhes sobre os funcionários que a compõem ou os temas da agenda, embora tenha lembrado que a Venezuela "está no mercado de petróleo".