Ativistas acusados de 'instigação ao ódio' na Venezuela por grafite são soltos

Quatro ativistas opositores foram libertados nesta sexta-feira (10) na Venezuela após serem acusados de "instigação ao ódio" por grafites em homenagem a um jovem que morreu em 2017 em um protesto contra o governo de Nicolás Maduro, informaram organizações de defesa dos direitos humanos.

"Acabam de ser liberados (...). Nosso anseio e mais enfática exigência é que a preservação de memória nunca volte a ser criminalizada. Esse é um direito", publicou no Twitter a ONG Justiça, Encontro e Perdão.

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Identificados como Carlos Maneiro, Luis Martínez, Jholbert Allen e Argelis Rovaina, os ativistas "receberam medidas substitutivas" à prisão, segundo a Coalizão pelos Direitos Humanos e a Democracia. Deverão se apresentar periodicamente à justiça enquanto segue o processo judicial.

Eles haviam sido detidos na terça-feira enquanto participavam de um ato em memória de Neomar Lander, manifestante de 17 anos que morreu em distúrbios durante a onda de protestos da oposição que deixou mais de cem mortos há cinco anos, em meio a uma violenta repressão policial e militar.

Eles foram levados ao tribunal na noite de quinta-feira, acusados de "instigação ao ódio, associação criminosa e obstrução da via pública", mas a audiência foi adiada para esta sexta.

Segundo a polícia, eles foram detidos por grafitar em um icônico mural no leste de Caracas. Inicialmente, nove pessoas foram presas, mas cinco foram soltas, sem acusações, na quarta-feira.

Os quatro pertencem ao Voluntad Popular, partido político do líder opositor Juan Guaidó - reconhecido por mais de 50 países como presidente interino da Venezuela - e seu mentor Leopoldo López.

erc/atm/ic

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Venezuela manifestação direitos tribunal Nicolás Maduro Juan Guaidó Leopoldo López

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