Inflação vai a 7,9% na Alemanha, a maior em quase 50 anos

Autor DW Tipo Notícia

Renda da população alemã perdeu 1,8% do poder aquisitivo no primeiro trimestre em relação ao ano anteriorNível anual é o mais alto desde a crise do petróleo nos anos 1970. Energia cara e guerra na Ucrânia são as principais causas da alta dos preços. Ministro das Finanças alemão diz que combate à inflação é prioridade.A taxa de inflação dos últimos 12 meses da Alemanha atingiu 7,9% em maio, a mais alta em quase meio século, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (30/05) pelo Departamento Alemão de Estatísticas (Destatis). Os números preliminares são baseados no índice de preços ao consumidor e comparados com os preços de maio de 2021. Essa é a taxa de inflação mais alta desde a Reunificação alemã e também a maior desde a registrada no final de 1973 e início de 1974, quando a crise do petróleo alavancou os preços para cima. A inflação na Alemanha vem quebrando uma série de recordes nos últimos meses. Ela foi a 5,1% em fevereiro e saltou para 7,3% em março, após a invasão da Ucrânia pela Rússia. Em abril, atingiu 7,4%. O Destatis apontou a guerra na Ucrânia e o aumento dos preços da energia como causas principais para o nível recorde de inflação. Os preços da energia aumentaram 38,3% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto os preços dos alimentos aumentaram 11,1%. "Desde o início da guerra na Ucrânia, o custo da energia aumentou visivelmente, afetando substancialmente a alta taxa de inflação", disse o Destatis em comunicado. A taxa mensal registrada em maio ficou em 0,9%, segundo o departamento de estatísticas. Como na maior parte do mundo, a taxa de inflação na Alemanha tem aumentado rapidamente, fazendo com que os consumidores tenham de enfrentar preços muito mais elevados para uma vasta gama de produtos e serviços, reduzindo assim o seu poder de compra. Analistas previram que a Europa como um todo terá uma taxa média de inflação de 6% em 2022. Renda cai 1,8% no trimestre Em um relatório separado divulgado também nesta segunda-feira, o Destatis disse que a renda na Alemanha caiu 1,8% em termos reais no primeiro trimestre em relação ao ano anterior, devido à inflação. Em comentários pouco antes do último número de inflação ser divulgado, o ministro alemão das Finanças, Christian Lindner, disse que "no topo das prioridades deve estar o combate à inflação". "A inflação é um enorme risco econômico, e devemos combater esta inflação para que nenhuma crise econômica surja a partir dela, para que não seja desenvolvida nenhuma espiral através da qual a inflação se alimente'', disse o ministro. md/ek (Reuters, AFP, AP)

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