Biden recebe cúpula da ASEAN com projetos concretos para se contrapor a Pequim

O presidente americano, Joe Biden, recebeu nesta quinta-feira (12) líderes dos países do sudeste asiático, e mostrou o compromisso de seu país com a região diante das crescentes aspirações da China com projetos concretos e uma iniciativa comercial revisada.

A cúpula de quinta e sexta-feira com a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) permitirá a Biden insistir em sua política asiática, após ocupar sua atenção principalmente na invasão russa da Ucrânia.

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Seu principal assessor para a Ásia, Kurt Campbell, explicou que os Estados Unidos buscam discutir com Indonésia, Tailândia, Singapura, Malásia, Filipinas, Vietnã, Camboja, Laos e Brunei áreas de cooperação como o combate à pandemia de covid-19.

A Casa Branca anunciou nesta quinta novas iniciativas para a região de um total de 150 milhões de dólares, dos quais US$ 60 milhões serão investidos em segurança marítima contra a pesca ilegal, explicou um funcionário americano.

Washington também vai investir US$ 40 milhões em energia limpa, mas espera trabalhar com o setor privado para chegar a US$ 2 bilhões nesta área crucial.

Sozinhas, estas iniciativas não permitirão concorrer com a China, mas os Estados Unidos confiam no setor privado e em uma proposta comercial mais ampla, o Marco Econômico do Indo-Pacífico (IPEF), anunciado no fim de 2021 pelo secretário de Estado americano, Antony Blinken, e que Biden vai lançar formalmente na próxima semana durante uma viagem muito aguardada a Tóquio e Seul.

Campbell disse que esperava um "interesse significativo" de alguns países da ASEAN para este IPEF.

Os especialistas dizem que o IPEF busca envolver formalmente os Estados Unidos para trabalharem com parceiros em prioridades econômicas, como melhorar as cadeias de abastecimento, combater a corrupção ou promover a energia limpa.

No entanto, diferentemente dos acordos comerciais tradicionais, esta iniciativa vai garantir o acesso ao mercado dos Estados Unidos, a maior economia do mundo.

Campbell assegurou que Biden não tinha a intenção de embarcar a Ásia "em uma nova Guerra Fria" e que qualquer acordo comercial deveria satisfazer as "necessidades" das populações da região.

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