Hungria celebra exceções para o país no embargo da UE ao petróleo russo
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, celebrou nesta terça-feira o acordo da União Europeia (UE) para proibir as importações de petróleo russo que concede uma exceção para os abastecimentos por oleoduto, o que beneficia seu país.
"As famílias poderão dormir tranquilas esta noite, evitamos a ideia mais aterradora", disse Orban em um vídeo divulgado no Facebook.
Seja assinante O POVO+
Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.
Assine"Alcançamos um acordo que estabelece que os países que recebem petróleo por oleodutos possam seguir operando suas economias sob as condições prévias", acrescentou.
A medida proíbe as importações marítimas do petróleo russo, que alcançaria dois terços do total, segundo a UE.
Orban havia ameaçado vetar o acordo e alertou que suspender os abastecimentos prejudicaria a economia de seu país e colocaria em risco a segurança energética.
Os governantes da UE se reuniram em Bruxelas na segunda-feira para negociar o acordo, em meio às preocupações citadas pela Hungria e outros países vizinhos altamente dependentes do petróleo russo.
Uma proibição geral "teria sido insuportável para nós... como uma bomba atômica, mas conseguimos evitar", disse Orban.
O compromisso alcançado na noite de segunda-feira para punir a Rússia pela invasão da Ucrânia corta "uma grande fonte de financiamento para sua máquina de guerra", disse o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a medida "efetivamente cortará quase 90% das importações de petróleo da Rússia à UE até o fim do ano".