Excluídos da cúpula de Los Angeles se reúnem em Cuba no marco da ALBA

Cuba, Venezuela e Nicarágua lideram, nesta sexta-feira (27) em Havana, uma reunião alternativa no âmbito da ALBA, em rejeição à decisão de Washington de excluí-los da Cúpula das Américas que acontecerá em junho em Los Angeles, Califórnia.

"Hoje damos as boas-vindas aos irmãos da #ALBA em Havana. Temos uma Cúpula de Integração, Solidariedade e Cooperação. Cúpula Humanista. Nossa #Cúpula", disse o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, em um tuíte.

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Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, chegou a Havana na noite de quinta-feira, assim como seu homólogo da Bolívia, Luis Alberto Arce, e outros chefes de Estado caribenhos.

A cúpula começa depois que Díaz-Canel disse que "em nenhum caso" participaria da reunião em Los Angeles e após semanas de tensão devido à relutância do governo dos Estados Unidos em convidar, como país anfitrião, Cuba, Venezuela e Nicarágua para a próxima Cúpula das Américas.

Isso provocou a ameaça de outras nações da região de não comparecer à Cúpula das Américas se as três nações forem excluídas.

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, tomou a mesma decisão de não comparecer duas semanas atrás, enquanto os Estados Unidos afirmaram na quinta-feira que de forma alguma convidarão representantes do governo venezuelano de Nicolás Maduro.

Desde janeiro, o governo de Joe Biden afirma que o "compromisso" com a democracia seria o fator que decidiria quem seria convidado para a IX Cúpula das Américas, que acontecerá de 6 a 10 de junho.

Para o cientista político cubano Rafael Hernández, a cúpula da ALBA (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América) "pode tentar convocar um espaço alternativo para debater a agenda interamericana sem os Estados Unidos".

Os presidentes de Cuba, Venezuela e Nicarágua decidiram se reunir em "rejeição à exclusão" porque souberam que os Estados Unidos não mudariam sua postura, afirmou Hernández, alertando que nenhum pronunciamento em Havana será a causa dessa marginalização.

Há apenas cinco meses, os líderes da ALBA reafirmaram em uma reunião anterior seu compromisso com a "integração genuinamente latino-americana e caribenha" para enfrentar "as reivindicações de dominação e hegemonia imperialista".

"Esses países têm uma agenda internacional, têm uma comunicação, com diálogo com outros países do hemisfério", diz Hernández.

O ALBA, fórum que nasceu em 2004 em resposta ao projeto fracassado de Washington de criar a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), é formado por Cuba, Venezuela, Nicarágua, Bolívia, São Cristóvão e Nevis; Dominica, Antígua e Barbuda, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas e Granada.

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