Segurança energética está acima da proteção de botos, diz ministro alemão

A criação de terminais de gás para reduzir a dependência energética da Alemanha em relação à Rússia está à frente da proteção dos botos - disse nesta quinta-feira (5) o vice-chefe de governo e líder ambiental Robert Habeck, após um recurso judicial interposto por ambientalistas.

A Alemanha planeja implantar terminais flutuantes para importar gás natural liquefeito, enquanto aguarda a construção de terminais terrestres.

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O primeiro terminal estará pronto até o fim de 2022 no porto de Wilhelmshaven, no Mar do Norte, anunciou Habeck, que também é ministro da Economia e do Clima.

O proeminente grupo ambientalista DUH quer bloquear este projeto, pois alega que ele os ecossistemas "destrói irreversivelmente" e põe "o espaço vital dos botos" em perigo.

"Sou o maior defensor dos botos no governo", disse Habeck à rede televisiva RTL, alegando, contudo, que o recurso judicial faz a Alemanha ser "ainda mais dependente" da energia russa.

Os defensores do meio ambiente também criticam a pegada de carbono do gás natural liquefeito, devido às emissões vinculadas a seu transporte e manipulação.

Nos últimos anos, a Alemanha importou 55% de seu gás da Rússia por meio de gasodutos.

Após a invasão lançada por Moscou contra a Ucrânia, Berlim conseguiu reduzir as compras para 35%, mas não considera realista poder prescindir do gás russo antes de meados de 2024.

Em vez disso, a Alemanha apoia um embargo europeu contra o petróleo vendido por Moscou e, nas últimas semanas, conseguiu reduzir suas importações de petróleo russo em 12%.

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