Robô vive com pinguins na Antártida para ajudar a salvá-los da extinção

O equipamento foi enviado para auxiliar pesquisas com o objetivo de salvá-los de uma possível extinção

O frio do extremo sul do planeta abriga milhares de pinguins-imperadores, que vivem na Baía de Atka, na Antártida. Agora, uma das 61 colônias desses animais conta com a presença de um novo integrante, o robô autônomo ECHO, de 1 metro de altura.

O robô é um veículo terrestre não tripulado e foi colocado em uma colônia de pinguins para se mover silenciosamente entre eles sem que os assuste ou interfira em seus comportamentos, podendo armazenar o máximo de dados sobre os hábitos da comunidade.

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A ideia é utilizar os dados captados pelo ECHO para entender como os pinguins se adaptam às mudanças ambientais causadas pelas mudanças climáticas, em especial suas táticas de forrageamento - isto é, a habilidade, a aptidão do animal para encontrar alimento.

O robô faz parte de uma iniciativa do Woods Hole Oceanographic Institution, baseado em Massachussets, nos Estados Unidos, dedicado a estudos da vida marinha.

O ECHO é controlado remotamente por cientistas. Como a Antártida é um local de difícil acesso para os pesquisadores, eles contam com a ajuda do robô, que possui uma antena móvel transmitindo dados a um observatório distante. Estima-se que cerca 300 pinguins da espécie sejam monitorados por ano.

Todo esse esforço é feito com o objetivo de encontrar uma maneira que evite uma possível extinção desses animais, que são diretamente afetados pelas mudanças climáticas, responsáveis pelo derretimento das geleiras no sul do planeta.

Os pinguins-imperadores são as maiores aves da família Sphenisdae. Um adulto da espécie chega a atingir 1,15m de altura e pode pesar até 40kg. Sua fêmea põe um único ovo entre os meses de maio e junho, deixando-o logo depois com o pai, que passa a ser o responsável pela cria até o seu nascimento.

Estudos recentes mostram que em 80 anos essas aves podem ser extintas. De acordo com os dados do estudo publicado em 2021 pela Global Change Biology, 98% da população dos pinguins-imperadores pode desaparecer até o ano de 2100.

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