EUA limitam uso da vacina anticovid da Johnson & Johnson
Os Estados Unidos disseram nesta quinta-feira (5) que apenas os adultos que "tenham preocupações pessoais" sobre as vacinas de RNA mensageiro, problemas de acesso ou razões médicas para recusá-las poderão agora receber o imunizante contra a covid-19 da Johnson & Johnson (J&J), relacionado a uma incomum e potencialmente perigosa coagulação.
A vacina, que é de dose única, protege menos que aquelas desenvolvidas pela Pfizer e Moderna, e em dezembro os Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) aconselharam o público a evitá-la.
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A decisão de quinta-feira da Administração de Medicamentos e Alimentos (FDA) se baseia nessa recomendação ao limitar a autorização de uso de emergência da vacina da J&J.
"A ação de hoje demonstra a solidez de nossos sistemas de vigilância de segurança e nosso compromisso de garantir que a ciência e os dados guiem nossas decisões", disse Peter Marks, cientista da FDA, em um comunicado.
Até 18 de março, foram registrados 60 casos e 9 mortes por trombose com síndrome de trombocitopenia (STT, na sigla em inglês), que produz coágulos de sangue raros e potencialmente mortais com níveis baixos de plaquetas no sangue.
Os sintomas começam aproximadamente uma ou duas semanas depois da injeção e ocorre com maior frequência em mulheres na pré-menopausa.
Devido às preocupações sobre essa vacina, só foram administradas 18,7 milhões de suas doses nos Estados Unidos, cerca de 3,2% do total nacional de 577 milhões.
No entanto, o FDA não retirou completamente sua autorização, e Marks reconheceu o impacto que uma proibição global da vacina da J&J poderia ter.
Embora os raros casos de inflamação do coração em garotos adolescentes e homens jovens sejam geralmente transitórios e a maioria se recupere por completo, os grupos antivacina também pleitearam medidas mais amplas contra as vacinas de RNAm, vinculadas a teorias da conspiração.
Apesar desse tipo de reserva não se basear em evidências, a exceção para usar o imunizante da J&J se estende a quem "tem preocupações pessoais sobre receber vacinas de RNAm e de outra forma não receberia a vacina contra a covid-19", indica o comunicado do FDA.
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