Segurança de jornalistas no México é falha por falta de políticas claras

O México criou instituições de atenção e proteção a jornalistas, mas sua efetividade é escassa diante da falta de uma política clara sobre liberdade de expressão, denunciaram nesta quarta-feira (27) testemunhas e a promotora do Tribunal dos Povos.

"Escutamos como nada funciona ou deixa de funcionar de acordo com os interesses de um promotor ou do promotor seguinte ou de uma agência governamental ou outra", disse a advogada internacionalista Almudena Bernabeu, que atuou como promotora.

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Este fórum promove uma "justiça popular" e, a pedido do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), Repórteres sem Fronteiras (RSF) e Free Press Unlimited (FPU), analisou a situação no México, um dos países mais perigosos para comunicadores.

Só em 2022, a RSF registrou oito assassinatos de jornalistas, ainda que nem todos os casos estejam comprovadamente ligados a seu trabalho. O governo contabiliza seis homicídios.

Balbina Flores, representante do RSF no México, encerrou os dois dias de audiência enumerando as deficiências encontradas nas instituições públicas com relação à proteção dos jornalistas.

"Parece que essas instituições estão se enfraquecendo", afirmou ela, ressaltando que faltam recursos econômicos e pessoal especializado, além de não haver continuidade de um governo para outro.

"Há iniciativas que foram promovidas, algumas funcionaram em menor ou maior grau", mas o problema, enfatizou, é que "não há uma política clara".

As conclusões do tribunal serão divulgadas em outubro. O governo teve o direito de apresentar seus argumentos, mas não nenhum representante oficial compareceu.

sem/gm/ic/mvv

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