Sete em cada dez pessoas com Chagas nas Américas ignoram ter a doença (Opas)

Sete em cada dez pessoas com mal de Chagas nas Américas desconhecem que sofrem desta doença parasitária potencialmente mortal, informou nesta quarta-feira (13) a Organização Pan-americana da Saúde (Opas).

"Estima-se que 70% dos afetados não o saibam", diz a Opas em nota, na qual assegura que a doença afeta entre 6 e 8 milhões de pessoas em México, América Central e América do Sul.

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O Chagas é uma doença causada pelo micro-organismo Trypanosoma cruzi e é transmitida às pessoas pelos insetos (conhecidos como barbeiros), pela transfusão de de sangue ou transplante de órgãos, no consumo de alimentos contaminados e durante a gestação e o parto.

Calcula-se que no longo prazo até 30% dos doentes crônicos pode desenvolver complicações, com possíveis consequências irreversíveis e crônicas para o aparelho digestivo e o coração.

Mas, "detectada a tempo e em sua fase inicial, a doença pode ser curada ou melhorar sua evolução clínica" e "na fase crônica, o tratamento pode frear ou atrasar seu progresso", diz a Opas.

A doença é endêmica em 21 países das Américas, onde cerca de 70 milhões de pessoas vivem em risco de contrai-la.

Mais de 10.000 pessoas morreram a cada ano na região devido a complicações da doença, em comparação com

cerca de 45.000 na década de 1990.

Os esforços feitos pelos países das Américas "mostram que acabar com o Chagas é possível", mas "é preciso redobrar as ações para preveni-lo, detectá-lo, tratá-lo e interromper a cadeia de transmissão", afirma no comunicado Marcos Espinal, diretor de doenças transmissíveis da Opas, a véspera do Dia Mundial do Mal de Chagas, que se celebra em 14 de abril.

Entre 2% e 8% das grávidas infectadas com mal de Chagas podem transmiti-lo no bebê. De fato, é a principal via de infecção e disseminação nos países que controlaram os outros tipos de transmissão, melhorando seus padrões de moradia e adotando a triagem universal em bancos de sangue, segundo a Opas.

O mal de Chagas viajou das zonas rurais para as urbanas e cruzou as fronteiras da América Latina com as migrações humanas para países que desconhecem a doença.

erl/dga/mvv

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