Reino Unido e UE coordenam sanções em represália à invasão russa da Ucrânia

O Reino Unido anunciou, nesta quarta-feira (13), que está ampliando, em coordenação com a União Europeia (UE), a lista de pessoas afetadas pelas sanções de retaliação pela invasão russa da Ucrânia.

Nela, serão incluídos 178 separatistas pró-Moscou e mais oligarcas próximos ao presidente russo, Vladimir Putin.

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"Em coordenação com a UE, o governo britânico vai aplicar sanções a 178 pessoas que apoiam as regiões separatistas ilegais da Ucrânia", depois de "várias informações, na semana passada, segundo as quais a Rússia estava atacando, barbaramente, os civis destas regiões", anunciou o Ministério das Relações Exteriores, em um comunicado.

"Após os horríveis ataques com foguetes contra civis no leste da Ucrânia, hoje aplicamos sanções àqueles que apoiam regiões separatistas ilegais e são culpados de atrocidades contra o povo ucraniano", afirmou a ministra britânica das Relações Exteriores, Liz Truss.

O comunicado especifica que as novas sanções afetam um total de 206 pessoas, incluindo os separatistas, mas também "seis oligarcas, parentes e funcionários e mais 22 pessoas".

De acordo com a nota, entre os afetados pelas sanções divulgadas hoje, estão Alexander Ananchenko e Serguei Kozlov, descritos por Londres como líderes "autoproclamados" das "repúblicas" separatistas pró-Moscou de Donetsk e Lugansk; Maria Lavrova, mulher do chanceler russo, Serguei Lavrov; o deputado ucraniano e rico empresário Viktor Medvedchuk, próximo a Putin e que teve sua detenção anunciada ontem por Kiev; Vagit Alekperov, número dois da gigante petrolífera russa Lukoil; e o presidente do conglomerado Sistema, Vladimir Ievtushenkov.

Também nesta quarta, as autoridades de Jersey, um paraíso fiscal pertencente à Coroa britânica, mas independente do Reino Unido, anunciaram o congelamento de "ativos estimados em mais de US$ 7 bilhões, suspeitos de estarem vinculados" ao "oligarca" russo Roman Abramovich, segundo uma ordem judicial.

Foram executadas operações de busca e apreensão em locais de Jersey "suspeitos de estarem relacionados com as atividades empresariais" de Abramovich, acrescentou o governo do mesmo território, que concordou em aplicar as sanções impostas por Londres.

Devido à sua estreita relação com o Kremlin, este "oligarca" aparece na lista de pessoas atingidas pelas Reino Unido, o que levou o empresário a pôr à venda o clube de futebol londrino Chelsea comprado por ele em 2003.

O Executivo de Boris Johnson também anunciou sua intenção de apresentar, na quinta-feira (14), um texto ao Parlamento "que proibirá a importação de produtos siderúrgicos, assim como a exportação de tecnologias quânticas, materiais avançados e de artigos de luxo".

Desde o início da guerra, em 24 de fevereiro, Londres aplicou sanções a mais de 1.400 pessoas e entidades ligadas a Putin.

ode-acc/pc/tt

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