Duque pede à ONU que prolongue missão de verificação na Colômbia

O presidente da Colômbia, Iván Duque, pediu nesta quarta-feira (13) à ONU que prolongue a Missão de Verificação da implementação dos acordos de paz na Colômbia, até que concluam os 12 anos de implementação.

"Hoje, solicito a vocês que a Missão continue na Colômbia até que tenham terminado os 12 anos da implementação, que é o que está previsto no Acordo" firmado em 2016, disse Duque diante da Comissão de Consolidação da Paz das Nações Unidas, um órgão de assessoria intergovernamental, integrado pelos 31 países da organização.

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O mandato renovado da missão, que está vinculada ao Conselho de Segurança da ONU, termina em 31 de outubro.

Duque agradeceu ao chefe da missão, Carlos Ruiz Massieu, à missão de observação e ao secretário-geral da ONU, António Guterres, com quem manteve uma reunião nesta quarta, pelo trabalho "extraordinário" que realizaram.

"É um trabalho independente. E, sim, temos diferenças, mas, sobretudo, temos concordâncias", disse, antes de lembrar que o processo de paz da Colômbia pode se converter em uma "referência" para o resto do mundo.

Apesar de faltarem "muitas metas", "o que temos construído até hoje é uma demonstração de que o sistema das Nações Unidas realmente pode fazer a diferença em favor de um país quando trabalhamos juntos", lembrou o presidente, que apresentou as conquistas de seu plano "Paz com Legalidade" diante do Conselho de Segurança da ONU.

Para o presidente colombiano, que termina seu mandato em agosto, considera "importantíssimo" o relatório da Comissão da Verdade cuja publicação está prevista para junho.

"Queremos uma verdade genuína e não uma verdade ideológica nem uma verdade política, nem tampouco uma verdade enviesada, mas uma verdade que se baseia em fatos, indiscutível" que "tem que contribuir para unir a sociedade e não para dividi-la", disse.

Em meio às acusações cruzadas por uma operação militar que deixou 11 mortos em 28 de março na fronteira com Peru e Equador, Duque lembrou que "a Força Pública sabe, com certeza, que sua responsabilidade é a de proteger a honra, a vida e bens, direitos e privilégios de todos os colombianos em todo o território nacional e fazê-lo com claro apego à lei", e lembrou a política de "tolerância zero" contra os que violam a lei.

Duque conclui nesta quarta-feira uma visita de trabalho de três dias a Nova York, onde buscou financiamento para a transição energética da Colômbia e manteve uma agenda ativa na ONU para defender seu plano "Paz com Legalidade", como rebatizou o acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que pôs fim a cinco décadas de conflito armado.

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Colômbia diplomacia ONU paz Iván Duque Carlos Ruiz Massieu Antonio Guterres

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