Inundações na África do Sul deixam cerca de 60 mortos

Cerca de 60 pessoas morreram em inundações e deslizamentos de terra na África do Sul, provocadas por fortes chuvas na costa leste - informaram as autoridades nesta terça-feira (12).

Na cidade de Durban, a maior da província de Kwazulu-Natal (leste), morreram 45 pessoas, enquanto "pelo menos 14" faleceram no distrito vizinho de Ilembe, declararam as autoridades provinciais em comunicado.

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O presidente Cyril Ramaphosa lamentou um "balanço trágico" e anunciou em um comunicado que visitará a região atingida nesta quarta-feira.

As tarefas de resgate continuavam nesta terça-feira à tarde, especialmente na região de Durban, um dos principais portos do continente aberto ao oceano Índico.

O Exército foi mobilizado para apoiar as tarefas de resgate. Em uma escola de ensino médio de Durban, os alunos e professores passaram várias horas presos. No total, 140 escolas foram atingidas.

Mais de 2.000 casas e 4.000 moradias informais foram danificadas pelas chuvas torrenciais, disse Sihle Zikalala, governador da província, durante uma entrevista coletiva televisionada.

"É um pesadelo. Rios de lama, vítimas, prédios destruídos...", citou Garrith Jamieson, membro das equipes de resgate.

As chuvas, que ainda não pararam, também causaram grandes cortes de energia, afetaram o abastecimento de água e bloquearam estradas.

Escombros, galhos, garrafas plásticas e até o reservatório de um caminhão-tanque se amontoavam nas turísticas praias de Durban, observou um fotógrafo da AFP encontrado no terreno. Nos vídeos compartilhados pelos socorristas, vê uma rodovia bloqueada, com carros sob as águas e casas destruídas.

"Muitas pessoas morreram", disse o prefeito de Durban, Mxolisi Kaunda, à imprensa.

"Parece que os cemitérios também foram inundados", acrescentou.

Uma foto que se tornou viral nas redes sociais mostrava um crânio humano desenterrado. E, nas imagens veiculadas pela rede pública de televisão SABC, contêineres apareciam espalhados pela autoestrada.

Em uma nota, a ONG local Gift of the Givers descreveu "rodovias transformadas em rios" e pessoas presas sob muros que desabaram.

A empresa ferroviária pública Prasa anunciou a suspensão dos seus serviços na região, devido a deslizamentos de terra e aos escombros nos trilhos.

As autoridades locais pediram à população que evite deslocamentos e que aqueles que moram em áreas altas abriguem seus vizinhos atingidos pelas chuvas.

As previsões meteorológicas alertam que estas fortes chuvas continuarão durante a noite.

A cidade de Durban foi duramente atingida por protestos e saques em julho passado, a pior onda de violência no país desde o fim do Apartheid. A revolta popular foi desencadeada pela prisão do ex-presidente Jacob Zuma.

sn-cld/sba/mr/aa/tt

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