Principais pontos do programa de Macron na eleição presidencial francesa

Mais liberal do que em 2017, Emmanuel Macron, que tentará a reeleição no segundo turno com a ultradireitista Marine Le Pen, quer uma França onde "cada um trabalhe mais", com uma aposentadoria a partir dos 65 anos e uma renda mínima vital condicionada, mas promete em troca alcançar o pleno emprego.

O atual presidente de centro promete reduzir os impostos das empresas em 10 bilhões de euros (quase 11 bilhões de dólares) se for reeleito, que estas intervenham em sessões de orientação nas escolas de ensino médio e recompensar os professores por méritos.

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"Ao mesmo tempo", defende uma série de medidas sociais, como permitir aos casais não casados realizar uma declaração conjunta de impostos e aumentar a 1.100 euros a pensão mínima por uma carreira completa.

Embora uma de suas principais medidas seja impulsionar a energia nuclear para produzir eletricidade, também quer desenvolver as renováveis.

Confira a seguir as principais medidas de seu programa, cujo custo estimou em 50 bilhões de euros ao ano (cerca de 55 bilhões de dólares), sem contar as reduções de impostos:

- Matemática como matéria comum nas escolas.

- Meia hora de esporte diária e duas horas mais por semana no ensino médio.

- Apresentar aos alunos de ensino médio ofícios técnicos e manuais e ensinar o código informático.

- Reformar a formação profissional, aumentando atividades práticas em empresas.

- Adaptar os locais de educação superior às necessidades de trabalho.

- Garantir a substituição dos professores ausentes.

- Relocalizar na França a produção de medicamentos.

- Lutar contra as regiões sem número suficiente de médicos.

- Contratar enfermeiros e auxiliares nos hospitais.

- Aumentar gradativamente a idade de aposentadoria de 62 para 65 anos.

- Elevar a pensão mínima completa a 1.100 euros mensais.

- Contratar 50.000 enfermeiros e auxiliares de residências de idosos até 2027.

- Facilitar que os aposentados possam exercer uma atividade profissional.

- Subvencionar em até 70% o custo de adaptar as residências.

- Lançar uma convenção cidadã para refletir sobre o fim da vida.

- Condicionar a renda mínima vital a 15 ou 20 horas de atividades de inserção ou formação.

- Eliminar a cotação do valor agregado das empresas, ou seja, 10 bilhões de euros anuais no total.

- Triplicar o limite do "bônus Macron", que as empresas podem abonar a seus trabalhadores sem pagar impostos.

- Uma empresa que paga dividendos terá que recompensar seus funcionários.

- Suprimir o imposto audiovisual.

- Isenção de imposto de sucessões até 150.000 euros por filho e 100.000 euros para os demais membros da família.

- Universalizar uma conta que permita guardar dias de ferias ou cobrá-los ao invés de desfrutá-los.

- Construir seis reatores nucleares de nova geração, estudar a possibilidade de outros oito.

- Multiplicar por dez a potência solar, implantar 50 parques eólicos marinhos até 2050, fabricar milhões de veículos elétricos e híbridos.

- Condicionar a remuneração dos dirigentes de grandes empresas a respeito de metas ambientais e sociais.

- Renovar 700.000 residências ao ano.

- Reforçar os controles fronteiriços na União Europeia (UE) e na França.

- Acelerar os procedimentos de asilo e expulsar de forma mais eficaz em caso de recusa.

- Condicionar a permissão de residência de longa duração a passar em um exame de francês e a uma inserção profissional.

- Expulsar os estrangeiros que alterarem a ordem pública.

- Concluir a duplicação da presença das forças de segurança nas ruas e mobilizar 200 novas brigadas de gendarmeria.

- Aplicar multas fixas para as infrações cotidianas.

- Contratar 8.500 magistrados e pessoal judiciário adicionais.

- Dobrar o número de reservistas operacionais nas forças armadas.

leb-tjc/mar/mvv

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