Congresso dos EUA avança para estabelecer teto para preço da insulina
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos votou nesta quinta-feira (31) um texto que, se receber luz verde do Senado, reduzirá drasticamente o preço da insulina para os americanos, que pagam muito mais que em outros países por este hormônio vital para milhões de diabéticos.
O projeto de lei propõe reduzir a um máximo de 35 dólares por mês o preço a ser pago por cada um dos 7,4 milhões de americanos que precisam deste tratamento.
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Hoje, eles pagam cerca de oito vezes mais caro que em outros países ricos, de acordo com um estudo realizado pelo governo em 2020.
"É um problema do dia a dia, saber se as pessoas conseguirão pagar suas faturas. E é, para nós, um passo para a possibilidade de negociar a redução no custo dos medicamentos para além da insulina", afirmou a democrata Nancy Pelosi, presidente da Câmara.
O texto foi aprovado por 232 votos contra 193. Alguns republicanos se uniram a seus colegas democratas para apoiar a medida.
"Este tratamento é livre de patentes há muito tempo, mas seu preço segue sendo quatro, cinco, seis, sete, dez vezes superior ao custo de produção. Temos que fazer alguma coisa", ressaltou na quarta-feira a legisladora democrata Steny Hoyer.
O projeto prevê o estabelecimento de um teto para o preço por meio dos seguros privados de saúde e entraria em vigor progressivamente entre 2023 e 2024.
A medida era parte do vasto plano de reforma Construir Melhor ("Build Back Better"), do presidente Joe Biden, abandonado pelo Executivo por falta de maioria no Congresso.
Assim, os democratas consideram a iniciativa como uma forma de demonstrar sua capacidade para levar a frente reformas, a poucos meses das eleições de meio de mandato, marcadas para novembro.
O Senado dos EUA está negociando, por sua vez, outro texto sobre o tema.
O líder da maioria democrata do Senado, Chuck Schumer, afirmou à imprensa na semana passada que um projeto de lei bipartidário tinha a possibilidade de ser aprovado até o fim de abril.
Várias pesquisas demonstraram que mais de um quarto dos americanos com diabetes tipo 1 tiveram que reduzir o uso da insulina por motivos financeiros.
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