Desinformação sobre a Ucrânia desencadeia uma 'Terceira Guerra Mundial' midiática, diz ministra

O conflito na Ucrânia desencadeou uma "Terceira Guerra Mundial" devido à desinformação, disse neste sábado (26) a vice-chanceler ucraniana, Emine Djaparova, num momento em que especialistas alertam para a dificuldade em convencer os russos sobre as ações de suas tropas.

A invasão russa da Ucrânia também forçou importantes mudanças na forma como as grandes empresas de tecnologia lidam com as informações, disseram especialistas que participaram do Fórum de Doha junto com Djaparova.

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A Rússia dedicou meios importantes para difundir sua versão da guerra na imprensa e nas redes sociais, apresentada como uma "operação especial" destinada a "desnazificar" a Ucrânia.

"Acredito que estamos entrando em uma Terceira Guerra Mundial, não em um conflito convencional, mas em uma guerra de informação", disse Emine Djaparova, que já trabalhou como jornalista.

"É como a radiação, você não sente ou toca, mas afeta você", acrescentou.

Segundo ela, convencer os russos e outros países a apoiar a Ucrânia foi dificultado pela propaganda russa, que melhorou após a anexação da Crimeia em 2014, e é divulgada por líderes políticos, internautas, atletas e artistas.

"A Rússia tem sido muito inventiva neste campo", observou a ministra. Ela estimou que "milhões de russos não querem acreditar" na "verdade" sobre a guerra na Ucrânia.

Acusados de serem instrumentos de "desinformação" usados pela Rússia em sua invasão da Ucrânia, a transmissão de TV e internet dos meios estatais russos RT e Sputnik foi proibida na União Europeia a partir de 2 de março.

Por sua vez, a Rússia aumentou a repressão para controlar as informações da mídia local e estrangeira.

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