Lula adverte que nova Guerra Fria ameaçaria sobrevivência humana

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva advertiu nesta quinta-feira no México que uma nova guerra envolvendo as grandes potências poderia colocar em risco a sobrevivência da humanidade.

"As grandes potências precisam entender que não queremos ser inimigos de ninguém e que não interessa uma nova Guerra Fria envolvendo os Estados Unidos, China ou Rússia, arrastando o planeta inteiro para um conflito que pode colocar em risco a própria sobrevivência da humanidade", afirmou o ex-presidente de esquerda ante deputados mexicanos.

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Favorito na eleição presidencial de outubro, embora ainda não tenha lançado sua candidatura, Lula referia-se à invasão russa à Ucrânia, que, segundo ele, deve ser resolvida por meio da negociação. "É inadmissível que um país se julgue no direito de instalar bases militares em torno de outro país. É absolutamente inadmissível que um país reaja invadindo outro país. As guerras não levam a nada, a não ser à morte, destruição, miséria e fome", ressaltou.

Lula também lamentou que, no século XXI, "alguns líderes insistam em se comportar como nossos antepassados da pré-história, quando a única lei em vigor era a do mais forte".

Durante a visita de Lula à Câmara dos Deputados, a convite da bancada governista, foi registrado um terremoto de 5,7 graus Richter com epicentro em Veracruz, que ativou o alerta sísmico, o qual avisa com até um minuto de antecedência a ocorrência de um tremor. Em imagens divulgadas nas redes sociais, Lula é visto reunido com seus anfitriões do lado de fora da Câmara dos Deputados durante o alerta.

Em outro encontro com parlamentares governistas, o político brasileiro pediu ontem ao presidente russo, Vladimir Putin, que dedique mais tempo às negociações com a Ucrânia. Também nesta quarta-feira, Lula se reuniu com o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, que descreveu o encontro como "fraterno". "Estamos unidos pela irmandade de nossos povos e pela luta pela igualdade e justiça", tuitou López Obrador.

Lula encontrou-se ainda com os líderes do Senado mexicano, aos quais disse que está "convencido" de que deve voltar a se candidatar à presidência. Segundo as pesquisas, o líder do PT pode derrotar o presidente Jair Bolsonaro.

sem/axm/dl/lb

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