Biden em sessão de emergência da Otan por invasão da Rússia na Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se uniu a uma cúpula de emergência da Otan nesta sexta-feira (25) para analisar a resposta ocidental à invasão russa da Ucrânia e os temores pela segurança da Europa.

Biden se reuniu "com outros chefes de Estado e de governo da Otan um uma cúpula virtual extraordinária para discutir a situação de segurança na Ucrânia e seus arredores", disse a Casa Branca.

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A reunião, na Sala de Situação da Casa Branca e fechado à imprensa, acontece enquanto tropas russas cercavam Kiev e alguns bairros da capital da ex-república soviética presenciavam combates.

Presa entre o desejo de resistir à flagrante violação da Rússia das normas de segurança europeias pós-Segunda Guerra Mundial e a relutância em arriscar um confronto entre as potências com armas nucleares, a Otan anda numa linha tênue diante do que parece ser um ressurgimento da Guerra Fria.

Embora a Ucrânia não seja membro da Otan, ela aspira a se juntar à aliança transatlântica de defesa, o que em parte motivou a decisão do Kremlin de atacar.

Quatro países vizinhos e ex-satélites soviéticos já são membros da Otan e o objetivo é tranquilizar esses aliados do Leste Europeu, temerosos de que o presidente russo Vladimir Putin tenha intenções mais amplas.

Biden disse repetidamente que a Ucrânia não está nem perto de se unir à Otan e é inflexível em sua postura de não enviar tropas para repelir o ataque russo.

Mas os Estados Unidos e outros membros da aliança tentaram reforçar as forças armadas da Ucrânia com armas e suprimentos, enquanto países fronteiriços como a Polônia se preparam para receber refugiados.

Em um discurso à nação na quinta-feira, Biden disse que os Estados Unidos defenderão "cada milímetro de território da Otan".

E esclareceu que "nossas forças armadas não vão à Europa para lutar na Ucrânia, mas para defender nossos aliados da Otan e tranquilizar esses aliados do Leste".

Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, membro da Otan, acusou nesta sexta-feira a aliança e a União Europeia de não tomar uma "postura decidida" contra a invasão da Ucrânia.

"A Otan deveria ter tomado medidas mais decisivas. A Europa carece de determinação em sua abordagem. Tudo o que fazem é dar conselhos e opiniões à Ucrânia", disse ele à imprensa.

Um diplomata disse à AFP que "forças aéreas e terrestres defensivas extras serão implantadas no flanco leste da aliança e medidas navais serão adicionadas".

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