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Em Cuba, presidente da Câmara baixa russa condena sanções dos EUA

17:32 | Fev. 23, 2022
Autor AFP
Tipo Notícia

O presidente da Duma (câmara baixa da Assembleia Federal da Rússia), Viacheslav Volodin, condenou nesta quarta-feira (23), ao chegar a Havana, as sanções impostas pelos Estados Unidos a Cuba, em um momento em que Moscou se tornou alvo de punições por suas ações contra a Ucrânia.

"Há oito anos que existem sanções contra a Rússia, (contra) nossos cidadãos", destacou Volodin na rede social Telegram, sem se referir diretamente às medidas contra seu país, anunciadas na véspera pelos Estados Unidos e outras potências ocidentais, depois de o presidente russo, Vladimir Putin, reconhecer a independência de duas regiões separatistas ucranianas.

Volodin chegou na manhã de quarta-feira à ilha para uma visita oficial, na qual se reunirá com o presidente do Parlamento cubano, Esteban Lazo.

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Washington anunciou uma "primeira rodada" de sanções para bloquear o acesso da Rússia aos mercados financeiros ocidentais, alertando que há medidas adicionais "sobre a mesa" caso ocorra uma escalada na crise com a Ucrânia.

Moscou prometeu nesta quarta-feira dar uma resposta "forte e dolorosa".

Também anunciaram sanções contra a Rússia União Europeia, Japão, Austrália, Canadá, Alemanha e Reino Unido.

Havana pediu nesta quarta-feira aos Estados Unidos e à Otan que respondam de forma "séria e realista" aos pedidos de garantias de segurança da Rússia e avaliou que Moscou tem o "direito de se defender".

Volodin, segundo alto funcionário russo a visitar Cuba em menos de uma semana, condenou o embargo que os Estados Unidos impõem há mais de 60 anos contra a ilha.

A visita do alto funcionário russo ocorre em um momento em que Cuba enfrenta sua pior crise econômica em 27 anos, e em meio a uma forte escassez de alimentos e medicamentos devido ao endurecimento do embargo americano e ao impacto da pandemia.

"Temos que desenvolver relações, nos ajudar mutuamente. Disso tratarão as reuniões de hoje (quarta-feira)", acrescentou Volodin.

Ele lembrou que "em seu momento a (antiga) União Soviética ajudou muito" a ilha a aliviar as sanções americanas, mas "após seu colapso (em 1991), Cuba ficou sozinha diante dos desafios e problemas".

A Duma ratificou nesta terça um projeto de reestruturação até 2027 da dívida cubana de 2,3 bilhões de dólares, contraída entre 2006 e 2019.

O vice-primeiro-ministro russo, Yuri Borisov, visitou a ilha na sexta-feira passada.

As visitas dos dois funcionários russos ocorrem após a conversa telefônica mantida em janeiro por Putin e seu contraparte cubano, Miguel Díaz-Canel, na qual abordaram o fortalecimento da "associação estratégica" entre Moscou e Havana.

rd/lp/rsr/mvv

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