Sobe para 178 número de mortos por chuvas torrenciais em Petrópolis
O número de mortos pelas fortes chuvas que causaram deslizamentos de terra e inundações na cidade de Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, subiu para 178 - confirmou o Corpo de Bombeiros nesta segunda-feira (21).
Com o aumento do total de óbitos, a tragédia desencadeada em 16 de fevereiro é a mais letal da história desta cidade fluminense.
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Este número supera o de outra catástrofe também causada pelas chuvas, em fevereiro de 1988, que terminou com um triste balanço de 171 mortos, conforme os registros da prefeitura.
A busca por sobreviventes se manteve nesta segunda, embora, oficialmente, tenha-se reconhecido as poucas chances de se encontrar pessoas com vida após os temporais. A Defesa Civil precisou acionar as sirenes durante a tarde em 15 localidades, devido à possibilidade de fortes chuvas nas próximas horas.
Neste momento, há 104 pessoas desaparecidas, informou a Polícia Civil à AFP. Este número vai diminuindo conforme os corpos são recuperados e as famílias conseguem encontrar parentes sãos e salvos, a quem temiam ter perdido.
A chuva torrencial transformou as ruas em rios que arrastaram árvores, carros e ônibus e que provocaram deslizamentos de terra nos bairros localizados nas encostas desta cidade de 300.000 habitantes, localizada a cerca de 60 km da cidade do Rio de Janeiro. Em poucas horas, caiu sobre Petrópolis um volume de água equivalente a um mês de chuva.
A rainha da Inglaterra, Elizabeth II, expressou nesta segunda-feira sua tristeza com a perda de vidas e a destruição causada pelas enchentes. "Meus pensamentos e orações estão com todos aqueles que perderam suas vidas", disse em uma mensagem enviada ao presidente Bolsonaro, que na sexta-feira descreveu as cenas como "quase de guerra".
As operações de limpeza continuam em curso nesta segunda-feira, um dia depois de a Prefeitura pedir aos moradores que permanecessem em casa, exceto em casos de extrema urgência, para que os especialistas pudessem remover montanhas de escombros e lixo das estradas.
Neste momento, 853 pessoas estão alojadas em abrigos de emergência, segundo a Defesa Civil.
Nos últimos três meses, pelo menos 230 pessoas morreram no país por causa das chuvas, principalmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.
Cientistas alertam que esses fenômenos meteorológicos extremos serão cada vez mais recorrentes, em função das mudanças climáticas.