Caminhoneiros bloqueiam rodovias no Chile pedindo mais segurança

Várias estradas do norte e do centro do Chile estavam bloqueadas neste sábado (12) por caminhoneiros que protestam por mais segurança, após a morte de um colega em um suposto confronto com estrangeiros.

Longas filas de automóveis podiam ser vistas inclusive em rodovias nos arredores de Santiago, que levam a regiões de balneários banhados pelo Pacífico em pleno verão no hemisfério sul.

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Em cidades do norte, como Arica e Iquique, a mais de 1.400 km da capital, os caminhões bloquearam as rodovias que levam ao aeroporto.

Além disso, estavam cancelados todos os voos tendo como origem e destino Iquique, porto do norte chileno, localizado a 300 km da fronteira com a Bolívia, no altiplano, que desde 2020 se tornou o epicentro de uma crise migratória sem precedentes e por onde entram de forma clandestina milhares de pessoas, venezuelanos na maioria.

Os caminhoneiros se mobilizaram desde a quinta-feira, realizando barricadas e bloqueios de rodovias para pedir segurança, após a morte de um colega na região de Antofagasta (norte), onde houve um confronto com três pessoas, entre elas um menor de 16 anos, que teriam atirado pedras para que os levassem.

A polícia confirmou que deteve os três acusados como autores do crime, segundo testemunhas, e que são cidadãos da Venezuela.

A tensão com este novo incidente reacendeu a convocação das manifestações realizadas nas três últimas semanas, sobretudo em Iquique e Arica, com grupos que expressam sua xenofobia particularmente contra migrantes venezuelanos, comunidade mais numerosa no país.

Desde o começo de 2021, nas cidades e estradas do norte veem-se milhares de famílias de migrantes à deriva, pernoitando em espaços públicos, pedindo esmola ou esperando ajuda de amigos e familiares em outras cidades do Chile para ir a outro destino.

Ao menos 20 migrantes morreram nas passagens clandestinas a mais de 4.000 metros de altitude e com temperaturas abaixo de zero quando fazem a travessia, durante à noite.

pb7gm/mvv

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