EUA confiam em que Alemanha não ativará gasoduto se Moscou invadir a Ucrânia

Os Estados Unidos estão confiantes de que a Alemanha não ativará o polêmico gasoduto Nord Stream 2 com a Rússia se Moscou invadir a Ucrânia, afirmou uma alta funcionária americana nesta quinta-feira (27).

"Se a Rússia invadir a Ucrânia, de uma forma ou de outra, o Nord Stream 2 não irá adiante", disse a jornalistas Victoria Nuland, número três do Departamento de Estado.

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"Acho que as declarações de Berlim até hoje foram muito, muito fortes", disse.

Quando perguntada por que os EUA estavam confiantes nisso, ela disse que o oleoduto ainda não havia sido testado e certificado pelos reguladores alemães.

"Trabalharemos com a Alemanha para garantir que o oleoduto não vá adiante", disse Nuland.

A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, disse ao Parlamento nesta quinta-feira que seu governo está preparando "um forte pacote de sanções" junto com aliados ocidentais, "incluindo o Nord Stream 2", se a Rússia atacar a Ucrânia.

O Nord Stream 2 deve dobrar o fornecimento de gás natural barato da Rússia para a Alemanha, a maior economia da Europa, algo que Berlim diz ser necessário para fazer a transição do carvão e da energia nuclear.

Nuland também disse que os Estados Unidos pediram à China, sua adversária como a Rússia, que use sua "influência" com Moscou, que mobilizou dezenas de milhares de soldados nas fronteiras com a Ucrânia.

"Pedimos a Pequim que use sua influência com Moscou para encorajar a diplomacia, porque se houver um conflito na Ucrânia, também não será bom para a China", disse ela.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, falou sobre a crise na quarta-feira à noite, horário de Washington, em um telefonema com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi.

O presidente russo, Vladimir Putin, visitará Pequim no próximo mês para os Jogos Olímpicos, boicotados oficialmente pelos Estados Unidos devido a preocupações com os direitos humanos.

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