Estudo: aviões a hidrogênio, necessários mas insuficientes para descarbonizar aviação

A introdução de aviões com motor a hidrogênio a partir de 2035 ajudará a limitar as emissões de CO2, mas, sozinha, a medida não reduzirá a pegada de carbono do setor de aviação - diz um estudo da ONG International Council on Clean Transportation (ICCT) divulgado nesta quarta-feira (26).

O motor a hidrogênio não emite poluição, nem gases com efeito de estufa, já que produz vapor d'água.

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No entanto, o próprio hidrogênio tem de ser "limpo", ou seja, produzido por eletrólise da água usando eletricidade de fontes renováveis (hidrogênio verde).

Embora os voos de longa distância não possam funcionar com hidrogênio, principalmente pelo volume que seria necessário para armazená-lo a bordo, "os aviões movidos a hidrogênio são viáveis para voos de curta e média distância e poderiam, praticamente, eliminar as emissões de CO2", afirma o ICCT.

Esses aviões, que teriam uma menor autonomia de voo do que os de querosene, poderão responder por quase um terço do tráfego mundial de passageiros a partir de 2035. É nesta data que deverão entrar em serviço por parte da fabricante de aeronaves Airbus, que fez dos aviões a hidrogênio um "importante objetivo estratégico".

O setor de aviação transportou 4,5 bilhões de passageiros em 2019, produzindo 900 milhões de toneladas de CO2, ou seja, quase 3% das emissões globais. Um número que pode dobrar até 2050.

mra/ico/lum/pc/zm/tt

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aeronáutica clima meio-ambiente França energia aviação

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