Ômicron atinge com força Estados Unidos e Europa

As infecções por covid-19 voltaram a disparar nesta terça-feira (4) no mundo, com um milhão de casos em 24 horas nos Estados Unidos, cerca de 300 mil na França e mais de 200 mil no Reino Unido, ameaçando o funcionamento da saúde e de outros setores-chave.

Muitas personalidades estão entre os novos casos positivos, como o rei sueco Carlos XVI Gustavo e sua esposa Silvia, o presidente mauritano Mohamed Uld Cheikh El Ghazouani e seu homólogo de Botswana, Mokgweetsi Masisi.

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Os Estados Unidos registraram um recorde mundial de mais de um milhão de casos em 24 horas, de acordo com dados de segunda-feira da Universidade Johns Hopkins.

No entanto, esse número deve ser visto com cautela, já que as contagens de segunda costumam ser muito altas devido aos atrasos das notificações do fim de semana, que neste caso foram de três dias no país por causa do Ano Novo.

Ainda assim, essa cifra representa mais do que o dobro do registado na segunda-feira anterior, depois do fim de semana de Natal, também de três dias.

Na Austrália, também houve um recorde: quase 50 mil casos diários, o que levou a população a ser testada em massa, apesar do custo.

A França registrou cerca de 300 mil contágios em 24 horas, informou o ministro da Saúde, Olivier Véran.

O índice de positividade (proporção de casos entre pessoas que fazem exames), já ultrapassa 15% no país, próximo ao seu recorde do final de 2020.

O Reino Unido também registrou um recorde de mais de 200 mil casos em 24 horas nesta terça-feira.

A atual onda da epidemia iniciou-se no final de 2021 com a chegada da variante ômicron, consideravelmente mais contagiosa que as anteriores.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) na Europa, o aumento de sua circulação pode favorecer o surgimento de novas variantes mais perigosas.

Embora a gravidade da ômicron pareça limitada, ela está causando um aumento nas licenças médicas e transtornos em vários setores, incluindo o da saúde.

Pelo menos seis hospitais do Reino Unido declararam "incidentes críticos" nesta terça, o que significa que a situação pode afetar os casos prioritários.

A falta de pessoal também afetou o início do ano letivo na Inglaterra, onde o governo voltou a pedir a ajuda de professores aposentados.

Em resposta ao tsunami da ômicron, os governos impuseram novas restrições e incentivaram o teletrabalho, ao mesmo tempo que pressionavam os não vacinados.

Na França, o governo quer introduzir um "passaporte de vacinação", de forma que pessoas não vacinadas não terão mais acesso a atividades de lazer nem restaurantes e bares.

O Chipre também pode anunciar novas medidas nesta quarta-feira, como a restrição a casas noturnas, locais de entretenimento e visitas domiciliares.

A ilha tem a maior taxa de infecção do mundo, com 2.505 casos por 100 mil habitantes.

No Equador, o presidente Guillermo Lasso disse na terça-feira que um milhão de pessoas precisam ainda ser vacinadas para que o país de 17,7 milhões de habitantes obtenha imunidade coletiva.

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, reconheceu um ressurgimento das infecções, mas considerou que não há motivo para alarme, pois as hospitalizações e as mortes seguem estáveis.

A capital da Índia, Nova Délhi, também impôs novas medidas, como o confinamento durante os finais de semana.

A China confinou mais de um milhão de pessoas a mais em uma cidade no centro do país depois de detectar três casos assintomáticos, a um mês do início dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim.

A pandemia está começando a afetar viagens de cruzeiro novamente. A associação brasileira do setor anunciou na segunda a suspensão dos cruzeiros marítimos até 21 de janeiro, devido a "discrepâncias" na aplicação dos protocolos de covid, após o surgimento de surtos em três navios.

A moda também não foi poupada, e o designer italiano Giorgio Armani cancelou seus desfiles marcados para janeiro em Milão e Paris.

Apesar de tudo, a extrema contagiosidade da variante ômicron não foi acompanhada por um aumento significativo de mortes.

Desde que o vírus foi detectado em dezembro de 2019, a pandemia matou mais de 5,4 milhões de pessoas, de acordo com contagem da AFP baseada em dados oficiais.

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