Arábia Saudita ameaça atacar portos do Iêmen se rebeldes não liberarem navio apreendido

A coalizão militar liderada pelos sauditas no Iêmen ameaçou nesta terça-feira (4) atacar os portos controlados pelos rebeldes houthis na região portuária de Hodeida se eles não liberarem um navio capturado no Mar Vermelho.

A Arábia Saudita intervém no Iêmen desde 2015, à frente de uma coalizão militar de apoio às forças governamentais contra os rebeldes houthis, de confissão xiita, apoiados pelo Irã.

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Os houthis capturaram o navio de bandeira saudita 'Rwabee' na segunda-feira, alegando que transportava "equipamento militar".

Mas a coalizão denunciou um ato de "pirataria" e garantiu que a embarcação continha material para a construção de um hospital de campanha no arquipélago iemenita de Socotra (sul).

"A milícia terrorista houthi apoiada pelo Irã deve libertar o navio 'Rwabee' do porto de Salif com todo o seu conteúdo", disse o porta-voz da coalizão Turki al Maliki em um comunicado divulgado pela agência oficial saudita SPA.

"Do contrário, os portos vinculados a esses atos de pirataria, sequestros e assaltos à mão armada passarão a ser alvos militares legítimos", alertou.

"A coalizão pode atacar o barco se os houthis não o libertarem", disse um oficial saudita à AFP sob condição de anonimato.

A região de Hodeida possui os dois maiores portos do Iêmen, Salif e Hodeida, essenciais para o desembarque de ajuda humanitária. Ambos são controlados pelos rebeldes.

De acordo com a ONU, a guerra, que eclodiu em 2014, matou 377 mil pessoas, a grande maioria por causas indiretas do conflito, como fome, doenças ou falta de água potável.

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