Equador reduz a 50% capacidade de instituições públicas por avanço da covid

O Equador reduziu a 50% a capacidade das instituições públicas diante de um aumento dos casos de covid-19 e retomará, assim, o trabalho remoto parcial a partir da terça-feira nas dependências do Executivo, informaram as autoridades nesta segunda (3).

"Em virtude da situação sanitária, o ministério do Trabalho apoia a decisão de estabelecer uma lotação de 50% em toda a função pública até 23 de janeiro", disse o titular da pasta, Patricio Donoso, em declarações divulgadas pelo Comitê de Operações de Emergência (COE) nacional, a cargo da gestão da pandemia.

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A medida, que entrará em vigor na terça-feira, não se aplica aos "setores estratégicos", destaca a resolução do COE. Áreas como a petroleira e a elétrica, por exemplo, são consideradas estratégicas pelo Estado.

"Exortamos o setor privado para que faça algo similar para cuidar da saúde das nossas famílias e da saúde dos nossos colegas de trabalho", disse Donoso.

A ministra da Saúde, Ximena Garzón, pediu que o trabalho remoto seja uma prioridade para as pessoas que sofrem de doenças agravantes.

Ele explicou que no Equador, com 24 províncias, foi detectado um aumento dos casos de covid-19 nas zonas costeiras de Guayas e Manabí, nas cidades andinas de Pichincha (cuja capital é Quito) e Tungurahua e na amazônica Pastaza.

Em dezembro foram registrados 24.287 casos, mais do que o dobro do reportado em novembro (9.513) e do triplo em outubro (7.556).

A ministra lembrou que embora a variante ômicron, detectada no país em dezembro, seja mais contagiosa e tenha sido declarada a transmissão comunitária, a delta é a variante predominante no país.

Com 33.683 óbitos, o Equador continua sendo o país latino-americano com mais mortes na pandemia, segundo contagem da AFP.

O país registrou 552.324 casos de covid-19 (3.120 por cada 100.000 pessoas) desde fevereiro de 2020, quando foi detectado o primeiro caso.

O Equador, com 17,7 milhões de habitantes, completou o esquema vacinal em 79% da população maior de cinco anos e desde fevereiro planeja imunizar as crianças menores desta idade.

O Equador está administrando um primeiro reforço para os maiores de 50 anos e já alcançou quase 1,1 milhão de pessoas.

pld/sp/atm/mvv

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