Mudar de gênero é "obscurantismo", diz Putin

Vladimir Putin descreveu, nesta quinta-feira, 23, como uma atitude "obscurantista" que haja pessoas que mudem de gênero, reafirmando sua posição conservadora, considerada discriminatória por seus críticos.

"Tenho uma abordagem tradicional: uma mulher é uma mulher, um homem é um homem. Espero que a nossa sociedade tenha sua moral internamente protegida, a qual emana das nossas confissões religiosas tradicionais (...) contra esta forma de obscurantismo", afirmou.

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Ao ser questionado sobre a "cultura do cancelamento" e as acusações de "transfobia" contra a criadora de Harry Potter, a britânica J.K. Rowling, ele respondeu que, se um homem puder se declarar mulher e competir nos esportes, "o esporte feminino desaparecerá completamente".

"Não devemos lutar contra isso por decreto, gritando, ou lançando acusações, mas apoiando nossos valores tradicionais", acrescentou o líder do Kremlin durante sua entrevista coletiva anual.

Em 2013, a Rússia aprovou uma lei contra a "propaganda" homossexual, cujo objetivo oficial é "proteger" os menores. Ela tem sido, porém, frequentemente aplicada contra ativistas e grupos LGTB+.

Segundo eles, a lei permite às autoridades impor uma política homofóbica e discriminatória às minorias sexuais em geral, em nome da defesa dos "valores tradicionais" promovidos por Putin contra o Ocidente.

Na Rússia, as marchas do Orgulho Gay são proibidas por esta lei. Em 2020, foi feita uma emenda à Constituição, segundo a qual o casamento é a união entre "um homem e uma mulher".


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