Luxemburgo: primeiro-ministro plagiou 54 de 56 páginas em tese de mestrado

Reportágem de site local analisou pesquisa submetida pelo chefe de Estado e descobriu que apenas duas páginas, de 56, têm conteúdo original; mais de um terço do documento foi copiado do site do Parlamento Europeu

O primeiro-ministro de Luxemburgo, Xavier Bettel, plagiou quase inteiramente sua tese de mestrado. A descoberta foi divulgada nessa quarta-feira, 27, pelo site Reporter.lu, do pequeno país no centro da Europa.

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Segundo a reportagem, a tese de Bettel tem apenas duas páginas, de 56 ao todo, com conteúdo original. Ele se formou em Direito Público e Ciência Política na Universidade de Lorraine, na França.

Entre as cópias, 20 páginas inteiras - mais de um terço da tese - são idênticas a um texto no site do Parlamento Europeu. Outras nove foram copiadas do relatório de um eurodeputado.

Mais três sites, dois livros e um artigo de opinião constam nas descobertas do Reporter.lu. Apenas "alguns parágrafos na introdução" e "uma conclusão igualmente curta" teriam sido escritas de fato por Bettel.

A tese foi apresentada - e aprovada - há mais de 20 anos, quando não haviam programas de detecção de plágio, hoje comuns no meio acadêmico. Nenhum dos materiais copiados foi citado nas referências bibliográficas do trabalho.

Embora a Universidade de Lorraine ainda não tenha se manifestado sobre o caso, em outros episódios similares envolvendo políticos europeus, os diplomas e graus acadêmicos concedidos foram revogados. Bettel disse que vai "aceitar naturalmente" caso seja essa a decisão.

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