Parlamento israelense confirma novo governo e finaliza era Netanyahu
Frente anti-Netanyahu formada por partidos da esquerda, centro e direita conseguiu vitória apertada neste domingo, 13O Knesset, parlamento israelense, encerrou a era do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu no poder. que já durava 12 anos consecutivos. Naftali Bennett ganhou o voto de confiança da maioria dos parlamentares neste domingo, 13, e se tornou o novo primeiro-ministro de Israel.
De direita, Bennet foi apoiado por uma aliança entre membros de partidos da esquerda, do centro e da direita que contou inclusive com apoio de partidos árabes. Ele obteve o voto favorável de 60 parlamentares, dos 119 presentes na votação deste domingo.
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Outros 59 deputados do partido de Netanyahu, o Likud, e de outros grupos de extrema direita e ultraortodoxos votaram contra Bennet. Houve ainda uma abstenção. A frente anti-Netanyahu foi formada nos últimos meses com o objetivo de remover o agora ex-primeiro-ministro do poder.
Sobre o assunto:
A moção de confiança à coalizão costurada por Yair Lapid, líder do Partido Yesh Atid, de centro, com Naftali Bennett, do Yamina, de direita, pondo fim aos 12 anos de poder de Binyamin Netanyahu, o premiê mais longevo de Israel. O novo governo será formado por uma ampla coalizão que vai de nacionalistas judeus de direita a políticos árabes-israelenses.
Lapid deu início à formação da aliança, que ganhou força no último dia 30 de maio, quando Bennet declarou apoio ao grupo, que conta com partios de centro e da minoria árabe.
Segundo o acordo, Lapid e Bennett dividirão o cargo de primeiro-ministro em rodízio. Bennett servirá nos primeiros dois anos, enquanto Lapid servirá nos últimos. O partido de Naftali Bennett, o Yamina, tem somente 7 das 120 cadeiras da Knesset.
O acordo histórico também inclui um pequeno partido islâmico, a Lista Árabe Unida, que o tornaria o primeiro partido árabe a fazer parte de uma coalizão governista.
O partido Likud de Netanyahu se comprometeu com uma "transição pacífica de poder" após mais de dois anos de crise política. Se a aliança não fosse aprovada, os israelenses teriam de participar de um quinto processo eleitoral em pouco mais de dois anos.
O primeiro-ministro tentou pressionar os comandantes da coalizão emergente para desertar e se juntar a seus aliados religiosos e nacionalistas. "Estamos testemunhando a maior fraude eleitoral da história do país", disse Netanyahu aos parlamentares do Likud no último domingo. (com agências)