Já grávida, mulher inglesa engravida de segundo bebê; entenda o caso raro

Em uma gravidez comum, conceber outra gestação é difícil devido às mudanças hormonais e físicas características — isso não aconteceu com a inglesa Rebecca Roberts

Uma mulher inglesa estava em uma consulta de ultrassom quando descobriu estar grávida — de novo. Na 3.ª semana de gestação, os médicos de Rebecca Roberts, de 39 anos, descobriram inesperadamente um segundo bebê menos desenvolvido. “O ultrassonografista olhou para mim e disse, 'você sabe que está esperando gêmeos?'”, disse a mulher.

Mas não eram gêmeos convencionais: a gravidez de Roberts foi diagnosticada como uma superfetação, condição rara em que uma mulher já grávida concebe outro bebê. Este caso médico é tão raro que o obstetra da mulher, David Walker, afirmou que nunca viu um caso do tipo em 25 anos de profissão.

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“Ficamos preocupados porque o segundo gêmeo era muito menor. Foi apenas escaneando regularmente e vendo que a taxa de crescimento estava consistentemente três semanas atrasada que percebemos que era superfetação”, explicou ele.

Não se sabe o número exato de casos de superfetação. Até 2008, menos de 10 casos foram registrados, segundo um relatório publicado no Jornal Europeu de Obstetrícia, Ginecologia e Biologia Reprodutiva.

Em uma gravidez comum, conceber outra gestação é difícil devido às mudanças hormonais e físicas características — isso não aconteceu com Roberts. “Em vez de parar a ovulação, ela liberou outro óvulo cerca de três ou quatro semanas após o primeiro, e o óvulo de alguma forma milagrosamente conseguiu fertilizar e se implantar em seu útero”, explicou o obstetra.

Roberts estava tomando um remédio para estimular ovulação, mas Walker afirmou “não estar convencido” que a medicação é a causa da superfetação. Ele também confirmou que “a taxa de crescimento de ambos os bebês era boa”, apesar de preocupações iniciais acerca do progresso da gestação.

O casal foi pego de surpresa com o anúncio de um segundo bebê
O casal foi pego de surpresa com o anúncio de um segundo bebê (Foto: Reprodução/Instagram)

Surpresos com a notícia, Rebecca e seu parceiro, Rhys Weaver, de 43 anos, descobriram pela Internet que a superfetação é, algumas vezes, recebida com cinismo devido à sua raridade. Com o tempo, carregar dois bebês concebidos em momentos diferentes se tornou algo normal, conta a mulher.

No terceiro trimestre de gestação, o casal foi avisado de que o bebê mais novo poderia não sobreviver. Na 33.ª semana, o cordão umbilical do feto menor não estava funcionando corretamente e o parto foi adiantado. Os dois bebês nasceram em 17 de setembro de 2020 após uma cesariana. Tanto Noah, mais velho, quanto Rosalie precisaram receber cuidados de neonatal após o nascimento.

Cuidar dos bebês, relatou Rebecca, tem sido um turbilhão, especialmente durante a pandemia de Covid-19. Apesar das dificuldades com o trabalho em casa, a mãe disse ser recompensador assistir os filhos crescerem e se desenvolverem.

Noah e Rosalie têm um Instagram dedicado especialmente ao seu processo de crescimento. O perfil afirma, em sua descrição, existirem 14 casos de superfetação no mundo. “Milagres podem acontecer, e meus filhos são a prova disso”, diz Rebecca.

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