Força-tarefa dos EUA cita alta em casos da covid-19 e reforça medidas

Autoridades de saúde dos Estados Unidos reportaram um aumento no número de casos da covid-19 no país na última semana, além de ressaltar que "ainda levará um tempo" até que a pandemia esteja totalmente sob controle. Nesse quadro, pediram que a população se mantenha atenta, com medidas como o uso de máscaras e o distanciamento social, enquanto o país continua a vacinar em ritmo forte, com a meta de distribuir 200 milhões de vacinas contra o vírus nos primeiros 100 dias do governo Joe Biden.

A diretora do Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês) americano, Rochelle Walensky, afirmou durante entrevista coletiva virtual que os EUA têm registrado em média 57 mil novos casos da covid-19 por dia, na média móvel dos últimos sete dias. O resultado representa um avanço de 7% na comparação com a média dos sete dias imediatamente anteriores. Walensky disse estar "extremamente preocupada" diante dos números e ressaltou a importância de se "controlar as coisas agora", caso contrário pode haver novo "salto" na pandemia. Ela comentou que o controle da pandemia "ainda levará um tempo", mas ressaltou os avanços do país na frente da vacinação. Nesse contexto, insistiu para que as pessoas continuem a adotar medidas como o uso de máscaras e o distanciamento social.

Coordenador da resposta da Casa Branca à pandemia de covid-19, Jeff Zients comentou a meta lançada por Biden de aplicar 200 milhões de vacinas nos primeiros 100 dias da nova presidência, o dobro da meta inicial. Segundo ele, para conseguir isso o país precisa manter a média das últimas semanas, de 2,5 milhões de vacinas aplicadas por dia. Zients disse que "é evidente que há motivos para otimismo" na pandemia, com o avanço da imunização, mas também reforçou que não é o momento para relaxar na crise de saúde. Ele citou também que 45% dos idosos do país já receberam as duas doses da vacina e que essa população continuará a ser a prioridade. "Em meados de maio, teremos vacinas disponíveis para todos os adultos do país", afirmou.

Já o infectologista Anthony Fauci, principal conselheiro médico do governo dos EUA, comentou sobre uma pesquisa abrangente lançada agora no país, com o envolvimento de várias universidades, a fim de avançar no conhecimento de questões como o quanto de vírus uma pessoa já vacinada pode carregar e se ela pode ainda infectar outras pessoas. Segundo Fauci, o estudo pautará medidas futuras no enfrentamento da pandemia no país.

Fauci também foi questionado, durante a entrevista coletiva, sobre declaração de um ex-diretor do CDC, Robert Redfield, de que o vírus da covid-19 possa ter surgido em um laboratório de Wuhan e "escapado" do local, disseminando-se pelo mundo. Fauci disse que esta era a opinião de Redfield, mas comentou que há várias alternativas possíveis para entender o momento inicial da emergência de saúde.

As autoridades americanas dizem esperar um estudo independente sobre o assunto. Segundo Fauci, o vírus poderia estar em circulação havia um mês quando foi de fato detectado pela China, por isso já possuía boa capacidade de circular entre humanos e se disseminar rápido.

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