Joe Biden toma posse como presidente dos Estados Unidos: acompanhe

Evento ocorre cercado de preocupações com a segurança

Joe Biden toma posse nesta quarta-feira, 20 de janeiro (20/01) como o 46º presidente dos Estados Unidos. A cerimônia será repleta de limitações por causa da pandemia do novo coronavírus. Depois do ataque ao Capitólio no início do mês, há também segurança reforçada. Biden e a vice-presidente Kamala Harris tomam posse às 12 horas no horário local, 14 horas no horário de Brasília. Acompanhe aqui a cobertura ao vivo.

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Valorização do multilateralismo, boa relação com aliados e preocupação ambiental. Os pilares da política externa proposta por Joe Biden mostram que os Estados Unidos, a partir desta quarta-feira, 20, devem voltar a desempenhar no contexto internacional o papel que tinham antes da chegada de Donald Trump à Casa Branca. Com a nova política externa, Biden promete buscar o que julga ser a "restauração da liderança moral" dos Estados Unidos e a "liderança pelo exemplo", após quatro anos de isolamento e confronto com nações amigas.

Bandeiras decoram Washington para a posse de Joe Biden e Kamala Harris
Bandeiras decoram Washington para a posse de Joe Biden e Kamala Harris (Foto: STEPHANIE KEITH / AFP)

Biden é conhecido por gostar e entender do assunto. Sua experiência com política externa no Senado impulsionou seu nome como vice-presidente de Barack Obama, em 2008. Durante os oito anos na Casa Branca, ele assumiu missões internacionais em nome do presidente, como o relacionamento com países da América Latina.

Hoje, logo após tomar posse, o democrata promete assinar uma ordem para recolocar os EUA no Acordo Climático de Paris - um dos tratados menosprezados por Trump e negociado na gestão Obama-Biden. Trump descartou organizações multilaterais, relações de longa data dos EUA e tinha afeição por autocratas - o que se traduziu em proximidade com regimes da Coreia do Norte e da Arábia Saudita. Biden acredita na construção de soluções conjuntas e quer recolocar o país na mesa das negociações coletivas ao lado de aliados.

"Joe Biden é um internacionalista. Ele acredita em colaborar com outros países. Vamos deixar para trás a política de 'América Primeiro'. Ele terá questões com a China, mas, de uma maneira geral, recolocará o país em uma dinâmica de cooperação multilateral", afirma Michael Traugott, cientista político e professor da Universidade de Michigan.

Ao apresentar os primeiros nomes do governo para política externa, Biden disse que a equipe vai "reunir o mundo" para enfrentar desafios que "nenhuma nação pode enfrentar sozinha". "É tempo de restaurar a liderança americana", costuma dizer o democrata.

A política nacionalista denominada "América Primeiro" norteou as relações externas de Trump, que com seu estilo autoritário e isolacionista entrou em choque com aliados históricos como França, Alemanha e Canadá. A eleição de Biden foi saudada pelos líderes dos três países.

Mas a tensão comercial com a China, uma das principais marcas da gestão Trump, deve continuar. Biden criticou o que considera práticas comerciais abusivas da potência asiática e a falta de proteção a direitos humanos de minorias no país. A visão negativa sobre a relação com a China é crescente entre os americanos - tanto entre democratas como republicanos.

A estratégia, no entanto, tende a mudar. O democrata já criticou a guerra de tarifas iniciada no governo Trump, que considera "errática". O time de Biden defende que a pressão sobre os chineses seja feita por meio de uma união com aliados e uso de mecanismos legais na Organização Mundial do Comércio (OMC) - órgão que sofreu boicote durante o governo Trump.

Na lista de acordos que Trump deixou para trás e Biden planeja restabelecer está o tratado para limitar o programa nuclear iraniano em troca do alívio de sanções.

Uma das críticas ao democrata tem a ver com seu apoio a parte das intervenções militares em outros países. Em 2001, Biden apoiou a invasão no Afeganistão. Depois, como vice, trabalhou para a redução das tropas no país. Em 2003, ele também apoiou a invasão no Iraque, mas durante a campanha disse ter cometido um erro.

Clima

Biden colocou as mudanças climáticas entre as quatro prioridades de seu governo durante a transição de mandato e nomeou o ex-secretário de Estado e um dos principais nomes da diplomacia americana, John Kerry, como um czar do tema no Conselho de Segurança Nacional. É a primeira vez que um nome dedicado ao ambiente terá assento no Conselho de Segurança, o que significa que discussões climáticas devem permear toda a política externa. O democrata já prometeu "reunir o mundo" para obter fundos para preservação da Amazônia e disse que haveria consequências econômicas caso o Brasil não se comprometesse em proteger a floresta.

Com Agência Estado

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