Relatório dos EUA traz táticas para conter avanço da influência chinesa na Ásia

O governo dos Estados Unidos suspendeu nesta quarta-feira, 13, o sigilo do documento que apresenta as estratégias para garantir a hegemonia americana sobre a China na geopolítica asiática e evitar que Pequim estabeleça "novas esferas de influência iliberais". Aprovado em 2018, o relatório serviu como uma espécie de manual para a diplomacia da maior potência econômica do globo na região do Indo-pacífico nos últimos três anos.

"O documento guiou as ações de todo o governo dos EUA para promover a prosperidade e estabilidade regional, incluindo soberania, liberdade de navegação e sobrevoo, reciprocidade no comércio e investimento, respeito pelos direitos individuais e estado de direito e transparência", disse o assessor de Segurança Nacional, Robert OBrien, em comunicado.

O parecer apresenta Pequim como o principal rival americano na região, ávida por dominar o desenvolvimento de novas tecnologias e utilizá-las "a serviço do autoritarismo". Para conter essa ameaça chinesa, os EUA buscariam fortalecer a aliança com a Índia, incluindo do ponto de vista militar. O documento ainda sugere assistência para que Taiwan "desenvolva uma estratégia de defesa" para se proteger da China.

Sobre a Coreia do Norte, o relatório fixa como meta principal "convencer o regime de Kim Jong-un de que o único caminho para sua sobrevivência é abandonar suas armas nucleares." Com esse objetivo, a Casa Branca deveria maximizar a pressão sobre Pyongyang por meio dos canais econômico, militar, de inteligência e diplomático.

Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, descreveu o relatório como "sensacionalista". "O conteúdo apenas prova os motivos malignos dos EUA para conter a China e sabotar a paz e a estabilidade regional", disse.

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