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EUA: Pompeo é 1º secretário de Estado a visitar colônia de Israel na Cisjordânia

10:51 | Nov. 19, 2020
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Em missão diplomática no Oriente Médio, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, esteve nesta quinta-feira, 19, em um acampamento israelense na Cisjordânia, tornando-se o primeiro homem no cargo a visitar uma ocupação contestada por Israel na região. A ida de Pompeo ao território foi confirmada à agências internacionais por um oficial do Departamento de Estado, sob condição de anonimato.

A soberania da Cisjordânia é um dos principais pontos de atrito entre israelenses e palestinos. Parte do território foi ocupado por Israel durante a guerra de 1967 - mesmo conflito em que o Estado hebreu conquistou Jerusalém Oriental - e abriga hoje cerca de 500 mil cidadãos israelenses. O domínio judeu é contestado pelos palestinos, que o consideram uma violação do direito internacional - posição que é endossada por grande parte da comunidade internacional.

Durante o governo Trump, os Estados Unidos abandonaram esse posicionamento, reconhecendo ambos os territórios como parte de Israel. O gesto mais emblemático neste sentido foi a mudança da embaixada americana para Jerusalém.

Antes da visita ao acampamento, Pompeo cumpriu agenda em território israelense. Acompanhado por um forte esquema de segurança, o secretário de Estado visitou o vinhedo de Psagot, situado na área industrial israelense de Shaar Binyamin, entre Jerusalém e a cidade palestina de Ramallah. O chanceler também concedeu uma entrevista coletiva ao lado do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu. Nenhum dos dois falou sobre a vitória de Joe Biden na eleição americana.

"Por muito tempo, o Departamento de Estado teve uma visão errada dos assentamentos", disse Pompeo. E completou: "mas agora reconhece que os assentamentos podem ser feitos de uma forma que seja legal, apropriada e adequada".

Netanyahu agradeceu ao governo americano por mover sua embaixada para Jerusalém e o reconhecimento da anexação das Colinas de Golã por Israel.

Plano de paz frustrado

O reconhecimento de Jerusalém como "capital indivisível de Israel" e dos assentamentos judeus na Cisjordânia foram os principais pontos que inviabilizaram o plano de paz proposto por Trump em janeiro deste ano.

Apesar de prever a criação de um Estado Palestino - o que foi aceito por Netanyahu e Benny Gantz, então rivais eleitorais - o acordo foi considerado pró-Israel, uma vez que o domínio tanto da Cisjordânia quanto da parte oriental de Jerusalém são um tópico irredutível na demanda palestina. (Com agências internacionais).

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