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Eleições nos EUA: Pensilvânia barra avanço de pedidos de Trump para paralisar e recontar votos

O candidato à reeleição, Donald Trump, tem intensificado as acusações de fraude no processo eleitoral dos Estados Unidos à medida que o democrata Joe Biden passa a ser apontado como vencedor
00:08 | Nov. 07, 2020
Autor Alan Magno
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Alan Magno Estagiário de jornalismo
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Tipo Notícia

Em meio ao cenário favorável para a consolidação da vitória do democrata Joe Biden, o republicano e candidato à reeleição, Donald Trump, tem intensificado as acusações de fraude no processo eleitoral dos Estados Unidos. Na reta final das apurações dos votos, Trump fortifica a estratégia de tentar judicializar as eleições, ainda que as ações, como no caso da Pensilvânia, não tenham avançado na Justiça.

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Mesmo sem provas concretas, os pedidos protocolados por Trump, seus líderes de campanha e um batalhão de advogados pessoais, assumem como a principal acusação um suposto esquema de fraude nos votos antecipados e nos enviados pelo correios, dois sistemas de votos tradicionalmente usados por democratas.

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Na Pensilvânia, Trump acionou a Suprema Corte Americana com um pedido para que a contagem de votos fosse interrompida. Alegando fraude sem apresentar provas, a acusação pedia que os votos recebidos pelos correios fossem contados separadamente, o que já estava sendo feito.

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De acordo com informações apuradas pelo The New York Times, o pedido de Trump foi negado por falta de evidências concretas das acusações de fraude, bem como incoerência nas solicitações. Pedidos de revisão também ocorreram em nível local, como a solicitação de Trump para recontar os votos da Filadélfia negado na quinta-feira, 5.

O jornal destacou ainda que o secretário da Pensilvânia frisou, amparado pela Justiça americana, que, caso os republicanos desejassem acompanhar a contagem de votos, poderiam solicitar o acompanhamento e enviar representantes aos locais de apuração, ao passo que a base de Trump reconheceu que a medida já havia sido adotada. Sem chances de recorrer no Estado, os republicanos devem seguir protocolando pedidos na Justiça em outras localidades.

Os pedidos judiciais buscam tentar reverter a vantagem alcançada por Biden nos lotes finais de votos que lhe concederam a vantagem em estados decisivos na disputa, em especial nos quais o democrata estava em segundo lugar e conseguiu ultrapassar Trump.

Dentre esses casos estão as apurações feitas nos estados da Geórgia, da Pensilvânia, do Wisconsin e do Michigan. Em todos estes e também em Nevada e no Arizona, a defesa de Trump acionou a Justiça americana para tentar interromper a contagem dos votos recebidos pelos correios e iniciar uma recontagem imediata dos votos, sem considerar os antecipados.

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Mais cedo, o candidato democrata Joe Biden abriu vantagem sobre seu rival, o presidente Donald Trump, no estado da Geórgia, crucial na disputa pela Casa Branca - informou a imprensa americana nesta sexta-feira, 6. As emissoras americanas também pontuaram a virada de Biden na Pensilvânia. 

As eleições nos Estados Unidos (EUA) em 2020 são marcadas por incertezas e um cenário eleitoral imprevisível. De um lado, Donald Trump (Republicanos) tenta uma reeleição em meio a um índice crescente de desaprovação. Do outro, Joe Biden, do Democratas, se apoia em pautas sociais e discursos populistas para conquistar votos.

>> Apuração em Wisconsin e Michigan põe Biden mais perto da vitória

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As eleições americanas são disputadas em dois níveis, primeiro nos estados e após em nível nacional. Cada estado, a depender da extensão de seu colégio eleitoral, representa uma determinada quantidade de votos para a disputa a nível nacional. Desse modo, o cenário eleitoral presidencial americano é composto por um total de 538 votos, expressos por cada estado, sendo necessários ao menos 270 para se chegar à Casa Branca.

Os primeiros resultados, com base em projeções da imprensa americana, atribuem até o momento vitória a Trump em 23 estados, incluindo Indiana, Kentucky, Missouri, Tennessee e Virgínia Ocidental - estados em que ele venceu em 2016. Até o momento, Biden venceu em 22 estados, incluindo seu reduto, Delaware, Nova York, com seus 29 votos ao Colégio Eleitoral, e Califórnia, com 55, além do Distrito de Columbia, com apenas 3, mas com importância simbólica porque é onde fica a capital americana.



VEJA A LISTA DE ESTADOS QUE JÁ ENCERRARAM SUAS RESPECTIVAS CONTAGENS DE VOTOS E O VALOR DE CADA UM DENTRO DO COLEGIADO ELEITORAL AMERICANO

ESTADOS QUE ELEGERAM JOE BIDEN

 

Washington - 12
Vermont - 3
Massachusetts - 11
Delaware - 3
Virginia - 13
Maryland -10
Illinois - 20
Colorado - 9
Nova York - 29
Nova Jersey - 14
Novo México - 5
Distrito de Columbia - 3
Nova Hampshire - 4
Oregon - 7
Califórnia - 55
Minnesota - 10
Connecticut - 7
Maine - 2
Michigan - 16
Rhode Island - 4
Havaí - 4
Wisconsin- 16


ESTADOS QUE ELEGERAM DONALD TRUMP

Indiana - 11
Kentucky - 8
Tennessee - 11
Alabama - 9
Florida - 29
Missouri - 10
Oklahoma - 7
Virginia do Oeste - 5
Mississipi - 6
Arkansas - 6
Kansas - 6
Louisiana - 8
Dakota do Sul - 3
Dakota do Norte - 3
Utah - 6
Wyoming - 3
Carolina do sul - 9
Montana - 3
Idaho - 4
Nebraska - 2
Texas - 38
Iowa - 6
Ohio - 18

ESTADOS AINDA EM CONTAGEM

Nevada - 87%

Com seis votos eleitorais válidos, Nevada segue na contagem com 49,7% dos votos válidos para Biden e 48,1% para Trump. Caso o Estado mantenha o número de votos válidos acima de Trump, o democrata pode ser considerado o 46º presidente dos EUA.

Alaska - 50%
O Estado contabiliza três votos eleitorais e segue com vantagem para Trump, com 62,11%. Biden está com 33,51%.

Pensilvânia - 98%
Com 20 colegiados eleitorais, o Estado virou e agora dá vantagem para Biden nos votos, 
que soma 49,5%, enquanto Trump acumula 49,3%. A diferença de votos entre os candidatos é de cerca de 15 mil, se a diferença se manter, Biden vence a disputa pela presidência dos EUA.

Carolina do Norte - 99%
Com 15 colegiados, Donald Trump segue na frente da contagem com 50,1% dos votos.
Joe Biden está com 48,7%.

Georgia - 99%
O Estado acumula 16 votos eleitorais e é um dos decisivos nas eleições americanas. A vantagem é de Biden, com 49,4%. Mas Trump acumula 49,3%.

Arizona- 90%
O estado tem 11 votos eleitorais e o candidato que segue em vantagem é o democrata Biden, com 50,07% dos votos contra 48,53% do republicano Trump. A diferença entre os candidatos é de aproximadamente 40 mil votos.

*A diferença de pontos entre o exposto na listagem e o divulgado pelo site americano Decision Desk ocorre por conta de estados que ainda não encerraram a votação, mas já possuem um candidato como majoritário dentre os votos já computados. A medida que o registro dos votos for sendo atualizado, a lista também será

ELEIÇÕES NO EUA: A DISPUTA DE 2020

O voto, que nos EUA não é obrigatório, ganhou um apelo simbólico nestas eleições onde também serão escolhidos os próximos deputados e senadores americanos. O movimento que busca incentivar o voto dentre a população se intensificou com a participação de artistas mundiais em ambas as campanhas, bem como por cenários externos como a pandemia de Covid-19 e os intensos protestos pela igualdade racial e pelo fim da violência policial contra a população negra.

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A gestão de Trump não agradou parte de sua base de aliados e o candidato perdeu votos enquanto Biden crescia pesquisa após pesquisa. A estimativa é que mais do que em qualquer outra eleição americana, os estados-pêndulos, aqueles que não possuem um partido político majoritário em seus territórios, irão definir o próximo gestor da Casa Branca. Além da Geórgia, poderiam definir a eleição presidencial: Pensilvânia, Flórida, Carolina do Sul, Arizona e Michigan.

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