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Cientistas registram momento em que estrela é engolida por buraco negro

Este ano, três pesquisadores foram premiados com o Nobel de Física por pesquisas envolvendo buracos negros
13:23 | Out. 14, 2020
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Os telescópios do Observatório Europeu do Sul (ESO- na sigla em inglês para European Southern Observatory) na Alemanha, registraram o momento em que uma estrela é desintegrada ao ser engolida por um buraco negro supermassivo. A observação faz parte de uma pesquisa publicada nesta segunda-feira, 12, no "Monthly Notices of the Royal Astronomical Society", uma das principais revistas de pesquisa primária do mundo em astronomia e astrofísica.

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"A ideia de um buraco negro 'sugando' uma estrela próxima parece saída da ficção científica. Mas é exatamente o que acontece num evento de ruptura de marés", explica o pesquisador Matt Nicholl ao G1. Ele é professor na Universidade de Birmingham, no Reino Unido, e um dos autores do estudo. Matt e outros pesquisadores conseguiram captar quando a estrela passa pelo "espaguetificação" , que funciona exatamente como o nome diz: o corpo é esmagado até parecer um espaguete. Buraco negro, de forma mais simples, é um lugar no espaço onde a gravidade é tão forte que nem a luz consegue escapar dela. Assim, quando um objeto entra é esmagado por causa do chamado "evento de ruptura de maré".

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Como buracos negros não deixam nem a luz passar eles, uma animação foi criada para ilustrar o evento que foi o mais próximo (ou o menos longínquo) da Terra já registrado, a cerca de 215 milhões de anos-luz da Terra. "Quando uma estrela azarada se aproxima demais de um buraco negro supermassivo no centro de uma galáxia, a extrema atração gravitacional exercida pelo buraco negro desfaz a estrela em finas correntes de matéria", disse o cientista Thomas Wevers, outro autor do estudo e bolsista do ESO em Santiago que trabalhava no Instituto de Astronomia da Universidade de Cambridge.

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Os astrônomos descobriram que, quando um buraco negro devora uma estrela, pode lançar uma explosão de material para o exterior. Os cientistas conseguiram enxergá-lo porque acompanharam o evento de ruptura de marés por seis meses.

Na semana passada, o britânico Roger Penrose, o alemão Reinhard Genzel e a americana Andrea Ghez foram os vencedores do Prêmio Nobel de Física em 2020 por suas pesquisas sobre os buracos negros. A americana e o alemão receberam parte do prêmio Nobel de Física pela descoberta de um buraco negro no centro da Via Láctea, o Sagitário A Estrela (Sgr A*). Já a parte do prêmio atribuída a Penrose foi por demonstrar que a formação de um buraco negro é uma previsão sólida da teoria da relatividade geral.

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