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Navio encalhado nas Ilhas Maurício se parte em dois

Cerca de mil toneladas de petróleo podem ter sido vazadas no oceano, colocando diversas espécies em risco
16:30 | Ago. 16, 2020
Autor AFP
Tipo Notícia

O petroleiro encalhado em um recife nas Ilhas Maurício partiu em dois, anunciou neste domingo, 16, a empresa Mitsui OSK Lines. "Em 15 de agosto foi confirmado que o navio se partiu em dois", anunciou a empresa em um comunicado.

O texto afirma que informação procede do proprietário da embarcação, a Nagashiki Shipping. O "MV Wakashio" encalhou em 25 de julho em um recife de Pointe d'Esny, ao sudeste das Ilhas Maurício, com 3.800 toneladas de combustível a bordo.

O combustível começou a vazar pelas fissuras nas áreas danificadas na semana passada e entre 800 e 1.000 toneladas foram dispersadas no oceano, em uma área considerada uma joia ecológica por suas águas cristalinas.

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As equipes de intervenção iniciaram uma corrida contra o tempo para bombear o restante do combustível. De acordo com as autoridades havia 90 toneladas de combustível a bordo quando o petroleiro se dividiu em dois.

O ministro japonês do Meio Ambiente, Shinjiro Koizumi, afirmou que pretende enviar uma equipe de especialistas às Ilhas Maurício.

"É a pior catástrofe ecológica das Ilhas Maurício", afirmou Happy Khambule, do Greenpeace África, antes de afirmar que "espécies únicas estão em perigo imediato".

A catástrofe provocou a revolta da população, que pergunta por quê as operações para extrair o combustível não começaram no momento do acidente com o petroleiro.

O primeiro-ministro Pravind Kumar Jugnauth rebateu durante a semana a acusação de negligência. Ele afirmou que os especialistas consultados pelo governo consideraram inicialmente pequeno o risco de vazamento de combustível no mar.

A equipe de resgate planeja rebocar os dois terços anteriores do navio e afundá-los no mar para evitar mais danos, informou à AFP uma fonte policial em Port-Louis que pediu anonimato. O que resta do navio permanece preso no recife, segundo a mesma fonte.

Esta parte contém os motores do navio e quase 30.000 litros de petróleo que é difícil de extrair por causa da previsão de mau tempo para as próximas horas, segundo o comitê de crise instalado pelo governo para administrar a catástrofe.

A Nagashiki Shipping se declarou "profundamente ciente de (suas) responsabilidades" e prometeu responder "sinceramente" aos pedidos de indenização.

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