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Acordo com EAU mostra que Israel não precisa desocupar Cisjordãnia, diz Netanyahu

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o estabelecimento de relações diplomáticas com os Emirados Árabes Unidos mostra que o país não precisa desocupar territórios na Cisjordânia reivindicados pela Autoridade Nacional Palestina para normalizar relações com outros Estados árabes.
"De acordo com os palestinos, e muitos outros ao redor do mundo que concordam com eles, a paz não pode ser alcançada sem as demandas palestinas serem atendidas, incluindo a destruição de assentamentos, a divisão de Israel e volta às fronteiras de 1967", disse Netanyahu, em vídeo publicado neste domingo. "Não mais, esse conceito de 'paz via recuo e fraqueza' não faz mais parte deste mundo."
O acordo entre os dois países, anunciado na última quinta-feira, 13, com mediação dos Estados Unidos, veio com a promessa por parte de Israel de parar os avanços na Cisjordânia, mas Netanyahu insiste que a paralisação é temporária para atender um pedido do governo americano. O estabelecimento de relações diplomáticas entre Israel e os Emirados são vistos como uma derrota para a Palestina, que vê a união dos países árabes em seu favor diminuir.
Nabil Abu Rdeneh, porta-voz de Mahmoud Abbad, presidente da Autoridade Nacional Palestina, repudiou os comentários de Netanyahu. "A paz deve ser estabelecida apenas com a formação do Estado palestno com a parte leste de Jerusalém como sua capital. Esse é um consenso entre os países árabes e a comunidade internacional, qualquer acordo fora disso não tem valor", disse.
Irã
O acordo entre Israel e Emirados Árabes Unidos também levou a reações no Irã, inimigo do Estado judaico e ponto de inflexão entre os países árabes, de maioria sunita, enquanto a teocracia iraniana é xiita. Hassan Rouhani, presidente do Irã, disse em pronunciamento na televisão que o acordo é um "grave erro" e vai permitir que Israel aumente sua influência no Oriente Médio.
A Guarda Revolucionária iraniana também rechaçou a normalização de relações diplomáticas, chamando o consenso de "maligno" e "vergonhoso" por ter sido mediado pelos Estados Unidos, dizendo que as consequências para os Emirados são perigosas. Mohammad Javad Zarif, ministro das relações exteriores do Irã, considerou o acordo como uma "traição".

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